segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Silêncio

Silêncio
A mim, sabe-me bem, quando vem por bem.
Diz-me o que gosto, e o que não gosto!
Não tem preconceitos, o silêncio:
Não avisa quando vem.
Ora me faz rir…
Ou me dá um medo de fugir,
Quando me é imposto!
Também é um privilégio, o silêncio:
Em silêncio tenho aprendido,
não é apenas ausência de ruído:
Quando tudo o resto se vai, o silêncio fica,
afinal, em silêncio também se comunica…
Guarda segredos, o silêncio:
Tal como um cofre!
Em silêncio se ama.
Em silêncio se sofre.
Em silêncio uma lágrima se derrama...
É cruel e belo, o silêncio!
Sabe o que a alma não diz!
Indica caminhos ao aprendiz,
alimenta rios de esperança…
alimenta sonhos de criança…
O silêncio… e a ti? O que te diz?

Jaime

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O teu coração é igual ao meu...

O teu coração é igual ao meu…
Não é de pedra, está bem vivo,
tem um bater forte e belo…
Vieste! Estás crescido!
Distante e de olhar esquivo,
como que a querer quebrar o elo,
com este coração que gerou o teu…
Ainda que sem motivo!
O teu coração é igual ao meu…
Não é de pedra, não é de gelo…
Apenas vagueia entre o sentimento,
perdido…
As palavras são poucas, as respostas certeiras.
Não queres falar…
Ou não querem que tu queiras?
Só o teu intimo saberá melhor que ninguém.
Podes ler?
E um dia mais tarde entender,
vagueando por estas linhas,
que não deixei de te amar,
nem por um momento!
e que sofri também,
com tristezas que não são só minhas…
Já nem sei para que me repito!
Mas se o faço, já grito!
tão real é esta dor,
que me aperta o peito!
Arrancaram-me mais um amor…
Nem disse um ai…
Afinal, o meu coração não é igual ao teu…
O meu, é coração de Pai.
Desfeito…

Jaime

domingo, 20 de dezembro de 2009

Boas Festas para pensar o Sol

Imagem extraída da net: O Sol em solstício (Nasa)
Amanhã, dia 21 de Dezembro, pelas 17:47, ocorre o Solstício de Inverno. Ou seja, começa o Inverno, com toda a carga a que normalmente lhe associamos: frio, chuva, noites longas… Aliás, será também precisamente a noite mais longa do ano. Há no entanto um detalhe neste ciclo que me enche de alegria… é que a partir desse momento, os dias começam a ficar mais longos… pouco a pouco, mas já a partir de amanhã! E lá para finais de Janeiro já temos mais meia hora de luz, e sempre a aumentar, até que lá para 20 de Março, pelas 17:32 teremos o Equinócio da primavera, e o dia terá a mesma duração que a noite… e a 21 de Junho, pelas 05:45, teremos o Solstício de Verão, com o dia mais longo do ano… repetindo-se o ciclo que sobejamente conhecemos. Sabemos, é que a partir de amanhã, quando escurecer, o nosso astro rei começa a subida pelo seu Azimute, e, dia após dia, trata de nos iluminar um pouquinho mais!
Desde há bastante tempo que a esta data se associam festividades de relevo: Civilizações houve que consideravam o renascer do Sol, filho da Luz. Festividades associadas á fertilidade, e com o elemento Divino invariavelmente presente.
Constantino I, o Imperador Romano no ano 336 D.C., determinou que em vez das festividades do Solstício, passasse a ser comemorado o nascimento de Cristo, em vez do nascimento do Sol, fixando a data em 25 de Dezembro. Passou então todo o Império Romano a professar o Cristianismo. Esta influência chegou aos povos do Hemisfério Sul com a expansão do Cristianismo. Aqueles povos, comemoravam o Solstício de Inverno, o nascimento da Luz, portanto, a 21 de Junho.
Afinal, pergunto eu: O que comemoramos nós? O Nascimento de Cristo, porque um imperador Romano assim o decretou? O inicio de um novo ciclo Solar, porque a natureza assim o estruturou? Ambos?
Não sabemos muito bem o que comemoramos? Sabemos que temos umas prendas para comprar, uma frenética industria e consumismo a alimentar?
Pela parte que me toca, vou deliciar-me com cada momento que possa apreciar o sol a subir no seu azimute, vê-lo levantar-se sobre a serra, deitar-se sereno sobre o mar… acompanhar as sementes a germinar, regar os tomateiros que hão-de dar, ver as silvas a conquistar palmos de terra em cada dia que passa, apreciar as amoras a amadurecer… as abóboras a crescer…
Em cada momento este ciclo com que a natureza nos brinda se reinicia, conduzindo aos equilíbrios necessários para que tudo tenha o seu tempo, a sua época. E pelo solstício de inverno, Natal ou o que lhe quiserem chamar, haverá doce de tomate, de amora, de abóbora, ou do que a natureza providenciar. Sem algemas comerciais, espero sobretudo ter sempre alguém iluminado de sentimento fraterno, com quem partilhar!
Por isso cá ficam os meus votos nestas festividades: Muita dança, muita alegria, muito amor, muita partilha!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Vamos a isto?!? Projecto Limpar Portugal





Parabéns aos autores! Bonito, motivador!

http://www.limparportugal.org/

sábado, 12 de dezembro de 2009

O olhar da alma...


Repara na água que corre num rio de montanha:
Galga pedras, cai em cascatas, serpenteia em curvas aguçadas.
Ainda assim, continua cristalina e límpida!
Tal como a alma de quem não se deixa turvar por protagonismos imorais,
ou ganância desmedida.
Essa água, que permite ver bem o fundo em que pousa, revela-se por si mesma,
Na serenidade da experiência vivida…
Experiência de esforços, obstáculos vencidos, quedas, turbilhões e lutas!
Ainda assim, permanece a serenidade…
Também assim é a alma de quem vive orientado por valores intemporais,
Nesta viagem que só tem ida…
São exemplo a integridade, seriedade, justiça, solidariedade, lealdade, fraternidade…
Omitindo sequelas das lutas travadas e ataques sofridos, nestas labutas,
Permanecem firmes…
Revelando no olhar cristalino de uma vida sofrida,
A serenidade de uma alma limpa!
É bom conhecer estas almas. Saber ler o olhar.
Peço a Deus que me ajude a distinguir pela profundidade desse olhar,
a diferença entre águas tranquilas, ribeiras agitadas, charcos, ou sarjetas!
Conheço de tudo!
Sei para onde me empurraram, sei onde tenho de me molhar…
Mas sobretudo sei: em que águas me quero banhar!
E tu? Que sabes?

Jaime

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ter um amigo é ter um farol

Há uns bons 20 anos, alguém que na altura estava a conhecer, me disse: “Não vale a pena investir em amizades”. Discordei na altura, e respondi que iria provar-lhe o contrário. É hoje um amigo que muito prezo e estimo e que espero venha a ler este escrito.
Ao que parece, eu tinha razão. E continuo a pensar da mesma maneira. A amizade é um valor imensurável. Considerava na altura um investimento, e ainda assim penso. Sem cotação na bolsa, de tão insignificante valor material, mas de tão elevado retorno.
Dedico este escrito a todos os amigos. Àqueles com quem brindo os sucessos, e com quem choro as mágoas, àqueles que ao longo da vida se têm revelado, no trabalho, e no lazer. A todos os que passaram pelo crivo do companheirismo, e ganharam a chancela da amizade fraterna. Enfim a todos que os que se revêem na luz que ilumina os trabalhos de quem tem um coração bom.
E claro, fica a minha gratidão pela vossa amizade!

Ter um amigo, é ter um farol,
Sempre presente, no temporal e na bonança…
luz que indica, incansável, com cadência certa, qual o caminho,
nos agitados mares da esperança…
Ter um amigo, é ter um farol,
forte foco luminoso, que se estende,
rasgando o infinito da alma que por mim navega,
que me envolve num abraço,
apontando, subtil, meigo, com carinho…
a rota que esta alma não entende!
Ter um amigo, é ter um farol,
Que nunca se nega…
Na escuridão, me estende o braço,
e de dia, imponente,
diz: Presente!
Jaime

domingo, 6 de dezembro de 2009

Limpar Portugal




O dia 20 de Março está bloqueado na minha agenda! É uma iniciativa interessante, e que depende apenas de um pequeno esforço de cada um de nós, para se tornar num sucesso enorme. Quero fazer parte desse sucesso, e por isso já me inscrevi. A minha Pickup, e respectiva tripulação está disponível para participar.
Vamos a isto:


De que está á espera para "alinhar" também?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Para relaxar, e talvez rir um pouco...

Aprecio aqueles que com uma execução técnica de grande nível, conseguem dirvertir os outros, divertindo-se também. Vale a pena ver!
É nestas alturas que eu tenho pena de não ter aprendido a tocar nenhum instrumento em condições. Dizem que a tropa é uma escola, mas ser Clarim valeu-me de pouco. Eh Eh Eh!
Passei ao lado de uma grande carreira!
Divirtam-se!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Afinal o Pai Natal existe mesmo! Eu encontrei-o!


Afinal, o Pai Natal existe mesmo! Eu encontrei-o!!!
È verdade, e foi uma oportunidade única de esclarecer algumas coisas, e mesmo de lhe formular alguns desejos! Mas foi também um momento cheio de surpresas, que passo a citar: Por exemplo, essa história de que o Pai Natal vem da Lapónia, num trenó puxado por renas, é tudo mentira! Desculpem se desapontei alguém, mas eu próprio fiquei em estado de choque! O velhote Pai Natal vem mas é da China, e vem num contentor de um navio! Faz-se acompanhar de vários clones, pois parece que os Chineses já descobriram essa técnica de se replicarem há bastantes séculos…
E neve por aqueles lados também é mentira, é mais “smog” e CO2, como convém a um país que recusa assumir a reduzir o nível das suas emissões de carbono com carácter vinculativo a partir de 2010, no âmbito da Cimeira de Copenhaga, como era pretendido pela UE. A China é hoje o principal emissor de gases CO2, a seguir aos EUA.
Mas isso de nada afecta o nosso amigo e mítico Pai Natal, agora que esta verdade da sua proveniência foi revelada. Aliás, nos tempos modernos que correm, ele nem tem que carregar muitas prendas, pois no mesmo navio porta contentores onde ele e os seus clones viajaram, aproveitaram o espaço para o atulhar com bastantes presentes, daqueles baratuchos, que enchem o olho e duram dois dias… mas o que conta é a intenção… qual CO2, qual exploração de mão de obra infantil, qual desrespeito permanente pelos direitos Humanos… Conta mesmo é a intenção, e por isso não pode passar os 5€… já todos ouvimos isto, não é?!? Eu próprio já o tenho dito… Claro que antes de saber a verdade do Pai Natal.
E com tudo isto, já estamos com os olhos em bico e o desemprego a atingir os 2 dígitos…
Bastou-me um pequeno passeio a pé por Condeixa para ter estas revelações. Senti-me um verdadeiro Dan Brown dos mistérios natalícios, mas sem romance, e envolvido até á medula neste consumismo desenfreado que dá vida ao Pai Natal. Vou passar a estar mais atento á proveniência das minhas compras. Desafio todos a fazer o mesmo.
Quanto aos desejos, que deixei, os mesmos que todos fazemos, mais palavra menos palavra:
Que a paz reine sobre a Terra!
Que o amor reine entre os Homens!
Que a alegria permaneça nos corações!
Oxalá.

domingo, 29 de novembro de 2009

Não sou músico, nem poeta, nem pintor…

Este quadro de Monet - Nenufares - é escolha da minha amada, a quem dedico o escrito de hoje.

Se fosse músico…
Escrevia-te um poema, com as rimas e magias
da felicidade com que me contagias…

Se fosse poeta…
Pintava-te uma tela com as cores da doce melodia
Em que transformaste o meu dia a dia…

Se fosse pintor…
Compunha-te uma canção
com cores da brisa de amor que fazes correr no meu coração…

Mas não sou músico, nem poeta, nem pintor…
Sou o que sou. Reflexo do que sinto.
Sedento do teu carinho,
Feliz porque cruzaste no meu caminho!
Jaime

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O tempo e a liberdade


Este escrito tem por intenção de alguma forma responder um comentário “anónimo”, que apreciei, no meu texto “Tempo que voas”, e cujo autor, não consigo identificar.
Há uns bons doze anos, alguém falando de mim, definiu-me como: “Um homem livre e de bons costumes”.
Fiquei a pensar naquela definição. Havia ali qualquer coisa que não batia certo… Quanto aos bons costumes, perdoem-me a imodéstia, não me deixou, nem deixa agora, grandes dúvidas. Mas aquela história de ser livre… Seria eu realmente um Homem livre?
Levou algum tempo a digerir, mas concluí que de facto, não era um Homem livre! Nem eu nem nenhum outro que se achasse refém de dogmas, de preconceitos, de interesses pouco claros, de chantagens, de pressões emocionais, de mentiras! Defini nessa altura um objectivo: tratar de me libertar. Sonhei com a liberdade, a liberdade espiritual, aquela que se encontra na fonte que jorra amor, paz, harmonia, fraternidade... Foram necessários alguns anos, muita introspecção, muita reflexão, tomadas decisões difíceis, muita luta, avanços, recuos, para que de facto me sentisse, como agora sinto: Realmente livre!
Gozando a liberdade, procuro por um lado, ser tolerante, capaz de aceitar a diferença e de encontrar equilíbrios. Por outro, tornei-me intolerante á mentira, á calúnia, á falta de escrúpulos, e a imposições vazias de ética. Abomino a mentira. Desprezo mentirosos!
De facto, tudo na vida tem um preço a pagar. E a liberdade, tem o seu preço. Aprendi que este preço não se paga de uma vez: vai-se pagando, ao longo da vida, e por vezes nos parece demasiado elevado. Porque dói fundo… mas é relativo! Há afinal, quem pague a liberdade com a própria vida!
Também é relativo o tempo:
O tempo, não me falta… Foge-me! Porque certamente concordarão comigo que o tempo para sonhar, concretizar esses sonhos, não é o mesmo quando se tem 11, 19 ou 46 anos, assim como a noção de realidade, de liberdade, também não é a mesma em cada idade. O tempo foge-me, porque me tem sido negado tempo, para ensinar a quem cresce que o tempo passa… e poder fazê-lo, com amor, em paz, harmonia, e com tempo!
Não estou portanto a matar nenhum sonho, antes pelo contrário, alimento o sonho de indicar o caminho da liberdade! Da plenitude! Da realização! E para alimentar este sonho, nunca é tarde! Assim as forças não me faltem para derrubar as paredes que a teimosia insana persiste erguer no nosso caminho.
E disse!

Nota: A imagem que ilustra este texto foi tirada da net

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Para dois leitores deste Blogue...


Desde que me conheço que gosto de escrever. Jogar com as palavras, brincar com os sentido que estas podem ter, buscar imagens, colocá-las no papel pela descrição, tentando dar-lhes vida pela retórica, sentimento pela eloquência. Sem veleidades literárias. Nunca soube se era bem sucedido, ou não, pois os meus escritos, depois de por mim “saboreados”, invariavelmente acabaram rasgados. Poucos são aqueles com quem os partilhei. E sempre foi assim, até que por influência da Fátima, decidi guardar um ou outro. Com a criação deste Blogue, passei para o extremo oposto: De escritos que destruía sem mostrar a ninguém, resolvi passar a guardar tudo, neste arquivo, que é uma janela aberta ao mundo!
Procuro um espaço onde possa entregar-me aos meus mais profundos sentimentos, revelando as minhas linhas de pensamento, expondo a minha consciência. Nada de novo para quem me conhece. Mas aqui confesso, que de alguma forma procuro deixar um registo, na esperança que de entre os meus leitores, agora ou num qualquer futuro, estejam os meus filhos, para quem muito do sentimento que anima alguns escritos é dedicado!
Ultimamente tenho sido muito incisivo nesta questão da Alienação Parental, neste meu Blogue: Cá tenho as minhas razões e naturalmente, há momentos em que aumenta a necessidade de exteriorizar o que me vai na alma. Mas também não quero, como é óbvio, monopolizar o Blogue com este tema, pese embora a relevância que tem para mim. Sendo assim, fica para já assumido que o próximo tema será outro que não este. É claro que voltarei ao tema sempre que achar relevante… Vou também tentar implementar algo que tenho apreciado noutros blogues por onde tenho passado, e por onde passo regularmente: sempre que me for possível, vou passar a deixar um registo a cada comentário que os meus leitores decidam fazer. Acho simpático!
O próximo tema? Logo se verá…
Desafios, aceitam-se!

sábado, 21 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tempo que voas!


Foge-me o tempo...
mas tento:
Pôr em palavras, o que as palavras não dizem...
A emoção...
Tempo que corre mais rápido que a palavra,
e que o silêncio que alimenta o meu desalento...
Mas não me foge o tempo,
para em cada momento...
Vos sentir pulsar no meu coração!
Jaime

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Grande reportagem SIC 16 de Novembro 2009

Para quem não viu:
Pode ver agora. São 43m, onde me revejo em cada um deles...
"Eu nunca deixei de amar o meu Pai" diz a Diana,
Anseio o dia em que possa ouvir algo semelhante, mas na primeira pessoa, pois eu nunca deixei de vos amar, meus filhos!


domingo, 15 de novembro de 2009

A mudança está aí!

A Mudança acontece! Uma apresentação para nos pôr a pensar.

sábado, 14 de novembro de 2009

Notícias dos Gatinhos! Finalmente...



Já faz algum tempo que não dou notícias dos gatinhos…
De certeza que já houve alguém que se interrogou sobre o assunto. Está na altura de o retomar, até porque as arranhadelas que tinha por garantidas, nem se concretizaram tanto como esperava… Estava-me reservada uma surpresa, que inviabiliza, ao fim ao cabo, qualquer continuidade com analogias que tinha por intenção apresentar: É que afinal os gatinhos que eu andava a procurar conquistar, são gatinhas!!! E a mãe, que as instigava a hostilizar-me, de repente virou-se também a elas!!! Agride-as, rosna-lhes, sempre que elas, as pequenitas, se aproximam para comer da taça da comida que continuo a dar-lhes, ou pura e simplesmente se passam por perto. Houve uma inversão de papéis: Ou seja, passei a ser eu agora o protector, sentem segurança para comer descansadas, enquanto estou por perto, já que a mãe não se aproxima! A Branquinha, que apesar de tudo sempre foi menos agressiva, está agora uma gatinha dócil, que entra pela casa, e se deixa apanhar enroscando-se no meu colo, ronronando descontraidamente. Talvez por isso, por dividir afectos, já levou uma arranhadela bem grande no focinho. A cicatriz ainda é visível. A amarelinha, continua mais “arisca” e insiste em não se deixar agarrar, embora já se deixe tocar, e até acariciar, ainda que sempre revelando alguma tensão e desconfiança. A cicatriz não é visível, mas é perceptível um comportamento condicionado.
Dá que pensar: Afinal, o tal instinto materno que ensinou aquelas gatinhas a fugirem de mim, agora revirou completamente, maltratando-as e passando eu a ser a sua protecção… Ora as voltas que a vida dá... será isto um sinal? Será que a irracionalidade animalesca reflectida nesta história, transposta para humanos, quando se acabar o interesse que os move, um dia os levará também a hostilizar os seus filhos? E a agredi-los perante a genuina partilha de afectos, que afinal todos precisamos? E será que os filhos, estarão suficientemente livres de preconceitos, terão maturidade afectiva e mente aberta para olhar a quem foram ensinados a odiar, como seu aliado, sua protecção, tal como acabou por fazer a gatinha Branquinha…?
Ou será que os filhos, vítimas de uma pressão continuada, alimentada por uma escola de ódio e de mentira, serão sempre incapazes de normalizar a relação com quem sempre procurou o seu afecto, tal como parece fazer a gatinha Amarelinha…?
Não sei. A vida trará as respostas. Certamente este assunto não se esgota por aqui, e pode perfeitamente servir de mote para uns quantos trabalhos de alunos de psicologia, que queiram aprofundar estes flagelos da alienação… E histórias de gatinhos há por aí muitas , e Pais alienados muitas mais ainda. Mais do que se possa imaginar, pois muitos escolhem o silêncio por companhia do seu sofrimento!
Para já deixo algumas fotos. Digamos que são documentos de prova daquilo que escrevo. Não porque tenha de o provar, mas há momentos em que fica bem apresentar prova, e ao que parece nem toda a gente se preocupa como eu…
Enfim! Vamos adiante. A minha face não está oculta!
Está encerrado o ciclo dos gatinhos! Digo, das gatinhas!

domingo, 8 de novembro de 2009

Moinhos da Tia Antoninha

Mais um fim de semana usufruindo da companhia de amigos, e desta vez, com Leomil, Moimenta da Beira, na nossa rota. O Eduardo, e a Marinela foram os nossos anfitriões, nos “Moinhos da Tia Antoninha”. Com a habitual cortesia a arte de bem receber, lá nos instalamos naquele acolhedor local, onde à noite apenas o silêncio se faz ouvir, e as estrelas têm o brilho que lhes é devido. De dia, a paisagem é tão acolhedora quanto o aconchego do abraço que a Serra de Leomil deita sobre os moinhos. O verde envolvente é quebrado aqui e ali pela cor cinza do granito ou pelo branco das ovelhas que por ali pastoreiam. Por ali, apuram-se os sentidos, e o paladar celebra quando é servido o jantar, um festival de sabor local, divinalmente preparado pela Marinela! Maravilha!

Recomendo vivamente!
Mas mesmo para lá ir, e não apenas "navegar" por aqui!!!
Está nos meus sites recomendados!




Desta vez o objectivo foi passar o Sábado numa aventura de TT. As máquinas foram postas á prova, e logo na primeira subida, houve quem reprovasse… pois, porque para estas coisas é preciso tracção integral! Mas também é certo que de resto, e mesmo sem tracção às quatro a referida máquina lá se safou, e não se negou a nada! Unhas... dirão alguns! Mas isso é apenas um pormenor, com o qual eu não quero maçar os meus caros leitores. O meu abraço, e agradecimento ao Gonçalo e ao Ricardo, nossos “Guias locais” que nos conduziram por um dia passado entre pedras e trilhos, com vistas soberbas sobre as “Terras do Demo”. Fiquei dividido, pois também me fui apercebendo de muitos trilhos devidamente assinalados para passeios pedestres, o que me deixou com uma vontade enorme de voltar, lá para Maio, talvez, mas desta vez para passear a pé. Fica já o desafio para quem quiser alinhar comigo, e umas fotos para aguçar o apetite…

É uma das coisas boas da vida que nem a chuva ou o frio conseguem esmorecer: O calor da amizade!
Um abraço a todos os convivas!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Águas de Março, o fim do caminho

As águas de Março anunciaram,
e hoje é chegado o fim do caminho!
Caminho que iniciei em Novembro de 1987.



Volta-se uma página, o que lá vai lá vai...
A todos os companheiros de viagem, um grande bem haja!
Ao meu mestre de sempre, minha referência, um grande bem haja!
Amanhã já está aí á porta: De pau, de pedra...
Não interessa!
Um novo caminho, um novo desfio se inicia,
Na nova oficina, a atitude será a mesma de sempre:
Os trabalhos retomam Força e Vigor!
Abracemos o futuro: O que fôr será!

domingo, 1 de novembro de 2009

Nem tudo o que parece é!


E esta é para desanuviar um pouco...





E agora... o verdadeiro:


É um miminho! O meu primeiro carro, uma oferta do meu Pai. Tem tanto de real como de leal: Foi meu companheiro de viagem no inicio da minha actividade profissional. Vários motivos levaram-me a ter de trocar de carro, mas depois de doze anos por outras mãos, consegui recuperá-lo. Quem o teve neste meio tempo, não o estimou, mas também não danificou. Um pequeno recondicionamento, e aí está ele: A minha joia da coroa! Ai... se tudo fosse assim tão simples, no que toca a recuperar e reparar afectos e emoções... A vida teria mais condimento!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quando me perco

Faz alguns anos, num momento particularmente difícil da minha vida, num contexto solene, um amigo dedicou-me esta musica do Luis Represas. Não falou muito: apenas apelou á sabedoria e á força para ultrapassar esse momento, e á beleza da musica.


Chorei compulsivamente por tanto tempo quanto a musica durou. Ainda hoje, ao ouvi-la se apodera de mim a emoção forte que me transporta aos sorrisos que lentamente me têm sido arrancados. A visão torna-se turva, pelas lágrimas que teimam em sair...

Porque não me quero perder,

Dedico o conteúdo musical deste video, gravado também ele em nobre causa solidária,

Aos sorrisos que me faltam...

Aos sorrisos que enchem os meus dias, e que o rasto quero sempre seguir...

Ao sorriso que me enche a alma...

Aos meus filhos.

Aos meus queridos, presentes e ausentes, e aos meus amigos.

Á estrela que ilumina a minha noite!





domingo, 25 de outubro de 2009

Saramago: Manual de maus costumes?...

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá.

I Coríntios 13 vs 1 a 8

Naturalmente, que não sou eu o autor deste texto!
Foi extraído do “Manual de maus costumes”, segundo Saramago.


Pois bem, polémicas á parte, discussões filosóficas e metafísicas á parte, e dogmas de fora: Celebremos a liberdade de viver em plenitude, com fé ou sem ela, em busca da verdade, e sem o risco de acabar numa fogueira, por demonstrar que afinal é a Terra que gira á volta do Sol e não o contrário! E no respeito pela percepção de cada um. Chamem-lhe Deus, Alá, Jeová, ou qualquer outra designação, a esse ente supremo, como seria melhor este mundo se os Homens, sem fundamentalismos e fanatismos reivindicativos de posse exclusiva da verdade, procurassem de facto,a paz a harmonia e o Amor.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A vida num reflexo



A vida num reflexo.
Quantas vezes olhamos a vida apenas pelo reflexo que nos é possível ver? O desconhecimento da verdade, a falta de informação, o medo ou a fuga á realidade, a impossibilidade de aceder á origem, leva-nos a procurar reflexos, trilhos paralelos, aparentemente mais fáceis, mas por vezes impossíveis de percorrer, de tão utópicos que se nos apresentam. Será o caso deste quadro em que o reflexo do castelo aparece sobre a colina e o vale, numa ilusão apenas possível na imaginação do autor, ilustrando o tal percurso impossível.
Por outras palavras, ainda que a nossa escolha, ou as condicionantes da vida nos conduzam aos reflexos, é bom ter presente que mesmo para estes é necessário um elemento de pureza óptica, como um espelho, ou águas puras, tranquilas e cristalinas, como no caso da foto, do lago dos cisnes reflectindo o palácio.
Diz o povo, que nem tudo o que parece é, nem tudo o que reluz é ouro. Assim, é também o reflexo daquilo que vemos: Ou é impossível, ou é límpido ou é distorcido, consoante o meio envolvente seja pedra, águas cristalinas e tranquilas, ou águas agitadas. Nunca será tão perfeito, tão claro e nítido como a origem.
E lamentamos, quando á nossa volta vimos alguém, que insiste em deixar-se levar seguindo reflexos distorcidos, desprovidos de verdade, e quando afinal as águas cristalinas estão aqui tão perto, e tão perto também está a verdade!
Um reflexo, será sempre um reflexo. Cabe a cada um encontrar o seu, encontrar o seu percurso, trilhar o seu caminho, refutando imposições. Descobrir-se, redescobrindo-se a cada novo reflexo…
Chamaria a este processo crescer. Crescer buscando a verdade, distinguido o reflexo da imagem real, e com a coragem de permanecer nesta procura…
E neste processo, nunca é tarde para crescer, tal como nunca é tarde para aprender.
A verdade não se inventa. Está lá, pura e simplesmente á espera de ser descoberta. E assim permanecerá. Sempre.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A política e os porcos


Certamente, que alguns dos meus leitores, consideraram a hipótese que o tema sobre o qual me comprometi reflectir seria mais um descascar a torto e a direito nos nossos políticos:
Desenganem-se! Não vai ser nada disso. Não é que matéria-prima não vá faltando, mas a isso também já estamos acostumados.
Desta vez, prefiro abordar o tema de uma forma tão pouco corrosiva quanto possível, pois um homem não é de ferro, e escrever sobre política sem ser, vá lá, um bocadinho corrosivo, até perde a piada. Ou melhor: é impossível! Mesmo na política local!
Bom, mas piada, piada foi o que aconteceu nas ultimas autárquicas em Leiria: O PS, alcança um resultado histórico! Ou, ainda podemos ver a questão de uma outra forma: O PSD também alcançou um resultado histórico. E já agora, o CDS também, que é para não começar já a haver chatices!!! Eles afinal, até vão ter que se entender…
Por um voto se perde, por um voto se ganha! Que o diga o pessoal da freguesia das Cortes.
Mas afinal, que é dos porcos?
Calma! Já lá vamos!
Duvido que o PS tivesse ganho se não houvesse guerrilhas internas na concelhia do PSD. E também duvido que o CDS tivesse mantido o seu vereador. Na verdade, esta minha leitura prende-se apenas com aspectos tradicionais em Leiria, e não quero atribuir nenhum demérito ao candidato independente do PS, Dr Raul Castro vencedor incontestado, e a quem aproveito para desejar o maior sucesso, tomando por certo que o seu sucesso será sucesso de todos nós enquanto Leirienses. Além disso, como li em qualquer lado… sai mais barato aos Leirienses! Já não temos de ir a Cuba! Já temos um Raul Castro só nosso!!! E com a vantagem de não termos tido antes um Fidel…
Então e os porcos?
Já me sinto pressionado a passar rapidamente á questão dos porcos… Pois bem: Por acaso já alguém se lembrou de contar o número de porcos no espeto que foram oferecidos á população votante por esse País fora? Parece-me missão impossível, mas que foram muitos foram, e que podem ter feito a diferença, lá isso podem! Vistas bem as coisas os programas eleitorais das freguesias, são praticamente iguais: Muda-se o sítio do posto médico, ou se alarga-se a estrada A ou pavimenta a rua B, mas no fundo, as diferenças são poucas e ideologia, aqui certamente estará muito afastada. Por isso, a diferença está nos porcos! “O do PS está salgado…” ouve-se algures, “pois, mas o do PSD tem picante com’ó caraças”, ouve-se também. Claro está que nesta hipotética freguesia, ganhou o porco do CDS, de sublime tempero e molho com bastante colorau! Mais porco menos porco, houve mesmo guitarradas e outras quantas gaitadas, pois mesmo na política local, também é disto que o povo gosta. E venham os porcos, e venham as descargas na ribeira dos Milagres, porque isso não interessa nada… Já é demasiado local. Pronto estraguei tudo! Fui tocar no tema das descargas das suiniculturas na ribeira dos milagres… e isto até estava a correr bem, com política e porcos juntos. Finalmente! Será que na freguesia dos Milagres também houve porco no espeto? Algum leitor de Milagres que esclareça?
Preocupa-me esta questão: Qualquer dia, numas próximas eleições, especialmente autárquicas, ainda vai haver uma sublevação dos porcos. Sim, afinal que mal fizeram os porcos para lhes fazerem uma chacina só porque há eleições e todos os candidatos querem ganhar?!
Em jeito de conclusão, diria que a haver mistura entre política e porcos, que seja assim, no espeto! Arrepia-me pensar que possa haver uma qualquer transformação em realidade do romance de George Orwell “ O Triunfo dos Porcos”. Venham de onde vierem.
Agradeço a sugestão para a imagem. Cai que nem uma luva!
Sigamos atentos…

domingo, 18 de outubro de 2009

E tenho saudades, muitas saudades, de uma carícia.



Presumo que os meus leitores esperavam ansiosos por notícias desta minha relação com os gatinhos… A coisa não está fácil! Mais adiante perceberão porquê.
Desde o meu ultimo escrito, que tanta coisa aconteceu. Tantos temas que aqui poderiam ser desenvolvidos: a atribuição do Nobel da paz, os resultados das autárquicas, os contactos de Sócrates com os líderes dos outros partidos com assento parlamentar, isto para mencionar apenas alguns.
E eu preocupado, e a escrever sobre a minha relação com gatinhos?!?
Não me parece bem!
Por outro lado, este blogue pretende assumir-se como um espaço de reflexão, de discussão e a a história dos gatinhos pode, por analogia, levar a isso mesmo, para quem ande mais atento, ou sinta na pele o que é ser alienado. Por outro lado, a questão dos gatinhos é demasiado pessoal, mas por outro lado ainda, o Blogue também é meu, portanto uma questão pessoal em algo que é meu… já bate certo.
Vamos continuar com os gatinhos:
Um deles, feriu-me profundamente! O Amarelinho. Dá-me ideia que foi o primeiro a nascer. É ligeiramente mais corpulento. Dando sinais de aproximação diante de vários amigos, quando mais tarde tentei chegar-lhe, veio ao de cima aquele tal instinto, ou personalidade distorcida, tipo: alguém que se compromete com uma coisa, por exemplo no tribunal diante de um Juiz, e logo após actua de forma oposta em total contradição com o seu compromisso. Atenção, nada de confusões, que os meus gatinhos não estiveram em tribunal! Eu nunca lhes faria isso! Além disso, confesso que não sei bem como os tribunais lidam com estas coisas dos animais… com as questões dos afectos…
Zás! Assim de repente, apanhando-me desprevenido, e cá estou eu com mais uma arranhadela! Não contava com esta, depois dos avanços prometidos… Ando mesmo iludido!
Uma daquelas desferidas com uma precisão cirúrgica, de unha fininha e afiada, daquelas que não deita sangue, mas deixa cicatriz discreta que quase não se vê mas que arde bem fundo, daquelas que a roupa tapa, e uma cara alegre disfarça, mas a alma sofre… Chegou a assustar-me pelo jeito com que me olhou, literalmente a “tirar-me as medidas”, numa das suas investidas. Ainda não percebeu que é apenas um gatinho, orgulhoso, narcisista e egocêntrico, mas apenas um gatinho…
Desta vez, não fiz referência á mãe, não por esquecimento, claro, mas simplesmente porque ela está sempre presente, dando a sua anuência a estas investidas, certamente orgulhosa por ver pelo menos esta sua cria, a transfigurar-se num verdadeiro gato selvagem. Aliás, no futuro não farei mais nenhuma referência á mãe: Já todos percebemos claramente qual o seu papel!
Gosto deles como eles são. E tenho saudades, muitas saudades, de uma carícia.
Continuo a alimentá-los.

Para a próxima vamos dar umas tréguas aos gatinhos!
Alguém se quer adiantar e adivinhar qual a relação entre “Porcos e política”?
Vai ser o próximo tema!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dá gosto ver crescer estes gatinhos


Já vos tinha apresentado estes gatinhos! Agora, gostaria de partilhar esta vitória, conseguida precisamente esta manhã!
Consegui fazer-lhes umas festinhas! E assim estiveram ainda durante uns bons instantes, naturalmente, sem a mãe por perto.
Tudo se complicou, foi quando a mãe apareceu! Bastaram duas miadelas de repreensão (ou repressão, vamos admitir) e, assustados com a minha presença, até então aceite, deram dois pulos e já estava eu com as arranhadelas da prache, as tais que eu sabia ter garantidas.
Fiquei com pena, pois ainda não tinha conseguido interagir assim tanto tempo com eles, mas foi decisivo o papel da mãe, que ao aparecer alertou para um perigo inexistente, pois como toda a gente já percebeu, apenas procuro uma interacção e coexistência pacífica com os gatinhos…
Mas valeu a pena! E vou continuar e insistir… quem sabe um destes dias ainda ponho no blogue uma fotografia deles bem nutridos, desparasitados, com as vacinas em dia, que são apenas exemplos do que perdem por “não se darem ás boas” comigo… Ainda assim, já têm uma cestinha com o fundo forrado a turco para sentirem conforto nas noites que já vão arrefecendo... Por outras palavras, já têm garantido "cama, mesa e roupa lavada"!
A questão, como alguém comentou na anterior publicação, é que eles continuam a agir por instinto. Parece-me que esse instinto pode ser corrigido, perante o reconhecimento da falsa ameaça, desde que a possibilidade de interagir com eles não seja impedida, como a mãe fez, apenas com um um som.
Tenho de aprender a lidar com estes instintos animais hostis.
Pode ser que consiga por alguma analogia, implementar algumas práticas para lidar com a crueldade e maldade de alguns humanos, de olhar inocente, mas de personalidade distorcida e sem carácter que por aí abundam.
Vou dando notícias.
Dá gosto ver crescer estes gatinhos!

sábado, 3 de outubro de 2009

Ironias da natureza


Apresento-vos os gatinhos que me apareceram à porta há cerca de um mês. São os da esquerda na foto, ao lado da mãe, uma gata selvagem que não se deixa tocar. Não têm nome, chamo-os de "Branquinho" e "Amarelinho" são brincalhões e traquinas. Alimento-os todos os dias, não falham uma refeição, mas quando procuro tocá-los, chegar perto deles, fogem, viram uma cara agressiva, típica de gato assanhado, com os olhos enormes, e orelhas deitadas para trás, e bufando colocam-se em posição de ataque. Ou seja respondem com agressividade, a a quem procura dar e receber afeto, deitam as unhas de fora, a quem todos os dias os alimenta. Fazem exactamente aquilo que a mãe, na foto a olhar de lado, sempre desconfiada, os instiga a fazer... ainda que tembém ela não falhe uma refeição!
Pois é: A natureza, de onde tantas lições podemos tirar, tem também destas ironias...
Mas estes animais são irracionais!
Continuo a alimentá-los. Continuo a procurar o seu afeto.
A unica coisa que tenho por garantido, são umas arranhadelas!
É a vida!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Folha de Outono


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Marés de esperança...


A natureza é sem dúvida uma fonte de ensinamentos. Uma observação atenta pode constituir um bom pretexto para uma reflexão simples e reconfortante: Reparemos por exemplo no movimento das marés. Ora baixa, parecendo que toda a água é sugada para outro lugar, ora enche, vindo água preencher todo o espaço horas antes vazio. A amplitude entre marés, é variável, atingindo a sua maior amplitude em alturas de Lua cheia ou Lua nova: Quanto mais a maré vaza, mais enche logo de seguida.

Este fenómeno, tem-me servido de alento, em determinados momentos, em que tudo á volta parece desmoronar-se, dando lugar ao vazio. Mas tem valido a pena esperar pela enchente, tem sido gratificante tudo o que tem vindo com a maré quando esta enche de novo, e sempre na proporção, ainda que deixando lugar para algo que ainda não foi desta que regressou nesta maré de esperança…
Haverá mais marés...

Pois outro ensinamento, é a repetição deste fenómeno: a maré enche e volta a vazar em ciclos contínuos, dia após dia. Tal como os nossos percursos podem ser mais penosos ou gratificantes, dependendo do ciclo em que estamos.

Sabemos que estes ciclos se repetirão.

O segredo, na minha opinião consiste em saber compreender isto mesmo, procurar equilíbrios, tirar o máximo partido de cada situação, aprender e persistir, pois nem o pior nem o melhor cenário durarão para sempre.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Carta aberta aos "Gato Fedorento"


Se escrevesse uma carta aberta aos Gato Fedorento, seria mais ou menos assim:
Leiria, 18 de Setembro 2009
Meus caros, se é que alguma vez vão lêr isto… Parabéns pelo enorme serviço público que estão a prestar á nação com o vosso programa “Esmiúça não sei quê”.
O Ricardo Araújo Pereira, tem conseguido de uma forma brilhante, levar os nossos políticos de elite a situações verdadeiramente assombrosas, quer com “sequetches” que passam, quer com as suas entrevistas.
Temos de assumir, que até hoje foi o único entrevistador que conseguiu pôr o Sócrates a dizer que tinha de ser “bonzinho e simpático” o que pela negação, pressupõe a assunção que até aqui, e fora deste contexto, o Sócrates tem sido, “mau, e arrogante”. Finalmente uma verdade, ainda que, repito, pela negação! Mesmo á político á séria! "Ganda" Sócrates... Mete-os todos num bolso!
Manuela Ferreira Leite, conseguiu não perder a compostura, chegou mesmo a rir-se (e como se viu, não veio mal ao mundo por isso) estando á altura do programa, e sem chamar nomes á mãe do Ricardo, lá o embaraçou como pôde… Seja como for, ficou bem claro: Há coisas que fazemos em que devemos pôr uma paixão, como se fosse a ultima vez que as fazemos… è o caso do voto, nestas legislativas! Há o Risco da Manuela Ferreira Leite ganhar, e os seis meses dela ninguém sabe quanto tempo duram…
Paulo Portas foi um desastre! Mas que se pode esperar de um tipo sem piada a tentar ter piada? Se fosse noutros tempos, ainda podia ser que no meio de tanto sorriso forçado lhe caísse a dentadura, mas hoje, com as técnicas de reconstrução dentária e branqueamento (de dentes) não há esse risco… sem interesse!
Bom, com o Louçã a coisa foi de facto diferente… Porrrrra! Mas não foi melhor, nem pior. Eu diria que foi mais um desastre, mas este com piada: Pudera, o Ricardo, profissional da coisa, estagiou com o Sócrates, e com o Portas (a Manuela estava superdescontraída, na boa, mesmo!) e ganhou tarimba em entrevistas a “monos”, por isso não se deixou apanhar na curva das snifadelas, e quase bateu palmas ao segredo da gravata…
Estava tentado a revelar qual a minha orientação de voto face aos esclarecimentos, surgidos destes programas mas não o vou fazer ainda, por respeito aos demais políticos de elite que ainda vão desfilar naquela passerele escorregadia… Um “blockbuster” de audiências. É disto que a malta gosta mesmo.
Para já, vou passando aqui pelos nano micro e médios comícios do poder local… onde encontro GENTE, gente que como eu sente na pele o que os políticos de elite nos fazem…
Num próximo post voltarei ao poder local! Para já, podem ir lendo o: http://www.15quinze.com/Jornal_Quinze.html
Divirtam-se. Afinal, as campanhas eleitorais também já servem para isso!!! Finalmente!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Para onde te leva o coração?


Não acredito que não sofras!
Essa tua ambição,
fora de qualquer razão,
sufoca-te a vida,
rouba-te a alegria!
Não acredito que não sofras!
Amputado de emoção,
segues em perseguição incontida...
tornaste gelo o teu coração,
tornaste noite o teu dia.
Não acredito que não sofras!
Acredito que o dia pode voltar.
E com a razão à espreita,
e amor na bagagem,
devolver o calor ao coração!
Apenas requer coragem...
Queria tanto acreditar,
que não perdeste a coragem...!
Jaime

domingo, 6 de setembro de 2009

Pedaços de mim




Que bom seria
Que o teu poema um dia
Fosse mesmo assim…
Um não que se queria sim,
Fosse Sim!
Assim!
Sem mais nem menos!
Sem ódios, chantagens ou invejas.
Harmonia…
Sem mentiras ou contendas,
Que bom seria…
Com o teu cabelo ao vento,
Te deixasses sorrir assim,
E essa lágrima que teimas secar,
Corresse livre, carregada de amor,
Libertando um novo poema,
Que um dia…
Diria:
Sim!
Que bom seria…
Jaime

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sindrome de Alienação Parental




Se uma imagem vale mais que mil palavras...
Duas imagens valem muito mais.

Fica o convite para sentir a emoção que estas imagens despertam.

Foram tiradas de um site Chileno disponível no youtube sobre esta temática.




Sem mais comentários!




sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Justiça, a greve de fome e a TVI

A Justiça, a greve de fome e a TVI
Já vai tendo alguma frequência a abertura dos telejornais, com um relato de um qualquer cidadão, que sentindo-se injustiçado com uma decisão do tribunal, se senta á porta deste, iniciando uma greve de fome, com a exposição mediática inerente. Os últimos conhecidos, com o envolvimento de menores nas referidas decisões. Nalguns casos, esta atitude levou á revisão das decisões do tribunal, levando-me a algumas interrogações: Afinal, as decisões dos tribunais são tomadas considerando o cumprimento da lei, na busca da mais elementar justiça e superior interesse dos menores em causa, ou são tomadas com base em relatórios de distantes técnicas da Segurança Social ou do Instituto de Reinserção Social, sendo após a tal exposição mediática, revistos e alterados.
Afinal qual é o órgão de soberania? O Tribunal ou o Telejornal? Independentemente da justeza da decisão tomada pelo tribunal, o que está em causa é a necessidade que o cidadão tem de mediatizar o seu caso para poder vislumbrar uma decisão”justa”! E o caso não fica apenas pelos tribunais: Fraudes bancárias, construções bizarras, enganos grosseiros em documentos oficiais, etc. etc. etc… são uma fonte inesgotável para programas como “Nós por cá” ou outro similares, para não falar nos “Gato Fedorento” ou “Contemporâneos”.
Tudo seria tão mais simples, apenas com um funcionamento eficaz das instituições. Errar é humano, e ninguém é tão perfeito que esteja acima desta máxima. Ora as instituições são dirigidas por homens, e como tal passíveis de errar! Se o erro for encarado como um processo de aprendizagem e correcção, poderá a curto prazo levar a uma maior eficácia dessas mesmas instituições! O problema, é que persiste uma dificuldade em assumir esse erro, que não é corrigido, o lesado não é compreendido, muito menos compensado, não restando alternativa, senão ligar para a TVI, ou sentar-se num qualquer canto movimentado, empunhando um cartaz: ”Estou em greve de fome”, que alguém chamará a TVI pela certa!
Não vou alongar-me mais. Deixo apenas a sugestão, que me parece o uso de um elementar exercício de cidadania: Que tal usar o livro de reclamações, em vez do telemóvel?

domingo, 21 de junho de 2009

Eu gosto é de Malhar no Verão!

Aí está o Verão!
Hoje a minha passagem pelo Blogue é essencialmente para dar as boas vindas ao Verão! Dá gosto ver o pessoal todo a encher as esplanadas nos finais de tarde, já a pensar nas férias, a fazer programas, enfim, paira um espírito que dá algum alento para o esforço profissional, que normalmente também se impõe precisamente antes de férias. Por mim, sabem-me bem os dias mais longos. Como o meu ciclo circardiano anda a reboque da luz solar, parece que se vive mais! É apenas uma perspectiva, de quem dorme cada vez menos. Eh! Eh! Eh!
Bom, eu não queria… mas não resisto ao comentário político: E o Sócrates e seus acólitos? Gostaram? Para quem com arrogância apregoava aos quatro ventos, que gostava de malhar na esquerda e malhar na direita… levaram uma malha bem jeitosa, sim senhor!!! Até mudaram de atitude, bem patente na entrevista que deu recentemente num canal de televisão, o nosso primeiro-ministro! Deu inicio ao atestado de burros e desmemoriados que pretende passar aos portugueses! Que cordeirinho… até admitiu um erro na sua governação! Um erro! Pasmem! Sá aceitaria que não tivesse cometido mais erros, se alguns ministérios tivessem mudado de nome: O ministério da” Insanidade”, ministério da “Injustiça”, ministério da “Deseducação”… Ou será “Inducação”?!? desculpem, dúvidas de “Inginheiro” diplomado num Domingo…
Chega! Estou a ficar tão corrosivo, que até eu já nem gosto disto… mas não mudo! Vai mesmo assim, pois é o reflexo exacto do meu sentimento! Governos ditos socialistas, que destruíram conquistas de décadas e conseguidas á custa de tantos sacrifícios, e tantas vidas… “Jamais”!!!
Vamos ver que outras malhas se prepara o povo Português para infligir nas próximas eleições que aí vêm.
Entretanto, como por vezes tenho a sensação que ninguém lê o meu Blogue, aqui deixo um desfio aos meus ilustres leitores (sim, porque podem ser poucos, mas são ilustres de certeza! Basta serem meus amigos!)
Aceito sugestões de temas a desenvolver em próximos escritos! Eu tenho uma ideia, mas quero “ouvir” a vossa opinião!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Decidi deitar uma olhadela ao meu Blogue, numa altura em que, confesso, pensei que tinha passado a um estado “ostracizado”! Engano meu! Afinal ainda vai havendo quem lê um ou outro dos meus escritos, e até os comenta! Que fixe! Fiquei motivado a deixar aqui uma pequena nota.
De facto já há algum tempo que nada escrevo por aqui. Não é que tenha deixado de pensar, ou de existir, mas o trabalho tem alturas que aperta mais e a disposição para teclar reflexões não é muita. Espero que compreendam, que o tempo que vou conseguindo, ocupo-o no meu jardim os na minha pseudo horta, cultivando uma relação com a terra, com os vegetais e com as pedras que se está a tornar séria!
Como em certa altura do nascimento deste Blogue fui acusado de o estar a politizar demasiado, não quero avançar para o tema da política, mas a minha consciência remete-me para um apelo de civismo que aqui deixo: Votem! Sei que a vontade até pode não ser muita, compreendo o fenómeno instalado que nos leva a nutrir o maior desprezo pelos políticos, mas não votar é dar de bandeja o poder a quem não se quer! O voto é uma forma de contribuir para a mudança, ou para manter tudo como está. Depende da consciência de cada um!
Bons Votos!

domingo, 3 de maio de 2009

A minha Rosa é Branca

Mãe.
Tanto amor carrega a rosa vermelha oferecida á Mãe,
ao longo dos anos, cheia de vida, simplesmente Mãe.
Pétalas vermelhas,
que anos e dedicação foram descolorando,
até á cor cinza, dos cabelos da agora velha Mãe,
outrora Rosa vermelha!
Quadro bonito este, do sorriso meigo e ternurento, do filho.
Como resposta, outro sorriso, igualmente meigo, ternurento
e cúmplice, que devolve a cor aos cabelos cinzentos,
e vida á rosa, outrora vermelha…
Quando nada mais conta, quando nada mais vale…
tudo gira á volta desse sorriso,
desse beijo que os lábios trémulos procuram,
e a vista quase cega não perde…
desse amor, que é eterno:
Amor de Mãe.

domingo, 26 de abril de 2009

É bom ter amigos!






È bom ter amigos!

São eles que nos elevam bem alto, permitem alargar horizontes, refrescar ideias, e impedir que a vista fique turva pela rotina! São os amigos que afastam as nuvens... devolvem a paz, reflexo do horizonte em águas tranquilas...
È sempre bom passear por esses trilhos, e aprender mais da natureza e sua inesquecível beleza… aprender mais de Portugal e dos tesouros que temos escondidos… enfim, aprender…
Um grande bem haja!!!
Quando é o próximo?!?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Liberdade

Noite longa, escura e fria
sufoco que arrepia
em falésias de angustia,
que ecoam o grito da verdade...
Liberdade!
Caminhos de vento
que devolvem alento
para velejar a vida,
conforto e esperança quase perdida...
na noite longa, escura e fria!
Liberdade!
Encontro em teu regaço
o mar da tranquilidade,
de pureza e de verdade,
sinto em teu abraço
teus carinhos de vento...
e velejando sigo
rumo ao sorriso amigo,
rumo ao pensamento:
Liberdade! Simplesmente Liberdade!

Jaime Martins

quarta-feira, 25 de março de 2009

O passado ninguém muda


O exercício introspectivo é sempre um exercício proveitoso. Permite um maior conhecimento e aceitação do ser que nos acompanha por toda a vida: Nós mesmos! Se á introspecção associarmos uma retrospecção, este exercício torna-se ainda mais rico, na medida em que com uma perfeita consciência do nosso passado, nos é permitido reflectir sobre o que teríamos mudado, feito de forma diferente, e em que medida isso teria afectado o nosso presente e futuro. Mas isto é um exercício inconsequente, pois o passado ninguém muda! Os factos estão lá, como manchas de tinta num manuscrito, ou como luzes orientadoras de vida, faróis em falésias escarpadas!
Este exercício apenas tem sentido, se a nossa energia for canalizada para alterar o futuro. Aprender com os erros, corrigir os que tiverem correcção, e os outros… tirar as lições de vida que as circunstâncias permitirem.
Aceitar o nosso passado, no que depende de nós, é aceitarmo-nos como somos e saber encontrar a felicidade por entre percursos; errantes ou não. No que depende dos outros é fundamental a sua capacidade ou vontade de querer aceitar, tornando-se cúmplices no processo que a aprendizagem e correcção requerem.
Amor, construção e comunhão, serão sem dúvida palavras-chave nesta religião de passado, presente e futuro.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dia do Pai

Pelo beijo que há muito não recebo.
Pelo beijo que há muito não dou.
Pelas lágrimas que caem bem fundo.
Amar assim é verbo sem passado!
Verbo de presente atribulado.
Verbo de futuro rasgado de esperança!
Do beijo que espero receber.
Do beijo que espero dar.
Porque afinal,
cá estou! Esperando…

Jaime 19 de Março 2009


http://www.youtube.com/watch?v=VxgRFQoargU

quinta-feira, 12 de março de 2009

Que cor querem os nossos olhos ver?


As manhãs têm a cor que os nossos olhos querem ver.
Seja o rosa suave e tranquilo da esperança que nasce renovada em cada manhã, ou o sombrio cinzento que carregam as nuvens em que a dependência material nos mergulha, ou ainda o negro profundo de uma trovoada anunciada, luto para o qual a nossa consciência nos remete.
Afinal o que querem os nossos olhos ver?
Que cor emprestamos nós à vida, essa dádiva divina, que de tão sublime, nos passa até despercebida…
Que cor emprestamos nós ao vazio? Ao que é, quando o que foi deixou de o ser…
Que cor emprestamos nós ao desprezo… á exclusão… á solidão…
Que cor emprestamos nós ao futuro? Ao sorriso de uma criança, ou ao olhar profundo e vivido de um idoso…
Depende da cor que os nossos olhos querem ver.
A vida, é a dispersão da luz através de um diamante, decomposta nas cores mais diversas…nas mais diversas direcções, e o negro, é apenas uma delas, aliás é a ausência de luz!
Porque teimam os nossos olhos em ver o negro?
E se o diamante se partir, multiplicam-se as dispersões de cor por cada fragmento desse diamante…
E porque teimam os nossos olhos em ver apenas o diamante partido? Perdendo todo o manancial de cor então gerado...
Afinal, que cor querem os nossos olhos ver?

quarta-feira, 4 de março de 2009

As ávores morrem de pé!

Caso nenhum dos meus amigos tenha reparado, o nome do blogue mudou! Tem uma razão de ser, que passo e explicar:Primeiro o nome de Zig –Zag, tem a ver com a denominação que demos a um grupo restrito de amigos, que frequentemente nos encontramos em alegres serões de franca amizade. E esta designação é apenas interiorizada de uma forma assim profunda, apenas pelos elementos desse grupo, sendo portanto um pouco exclusivista. Este facto, por si só, contraria os princípios deste blogue, que pretende ser muito mais abrangente.Por outro lado, qualquer pesquisa no Google pelo nome de Zig Zag, retorna milhares de possibilidades, e torna quase impossível encontrar o blogue por essa via. E não vou sequer falar do facto de Zig Zag ser o nome de um programa infantil na televisão Portuguesa…
O novo nome, “Cores da manhã” tem a ver com as agradáveis sensações que as minhas caminhadas matinais me vão incutindo! Sinto-me um verdadeiro privilegiado, ao usufruir do emaranhado de cores que a aurora proporciona, dos cheiros e chilrear dos passarinhos. È um momento em que sinto o toque do Divino, em que os meus pensamentos se cruzam entre o passado, o presente e o futuro, entre as mágoas e os sonhos. Sonhos nem todos realizáveis, mas, que não deixam de o ser…pois enquanto a nossa existência o permitir, continuarão sempre a ser isso mesmo: sonhos!
Infelizmente, abundam pela Serra da Maunça muitas árvores consumidas pelo fogo que há alguns anos atrás devastou esta serra tão bonita. Embora sem vida ali continuam presentes, enegrecidas e despidas, oferecendo um enquadramento de belo dantesco. Morreram em pé, sem hipótese de fugir do fogo que as devorou, quem sabe, lutando interiormente pela sobrevivência, defendendo a sua dignidade até à ultima gota de seiva.
Dei comigo a pensar como é efémera a nossa existência enquanto seres humanos. Quantos fogos nos consomem ao longo da nossa vida…Uns bem reais, outros supérfluos, e desprezíveis… Acho que ainda temos muito a aprender com as árvores que morrem de pé, nomeadamente distinguir um brasido de um fogo consumidor.
Hoje, 4 de Março, algures por aí, de certeza que nasce uma árvore. Tal qual como no passado outras nasceram, deixando a sua marca na nossa vida.
Para ti, que foste árvore e morreste de pé, obrigado pela lição de vida que deixaste:
“Celebrem a vida”!
Pois então!
Até sempre.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Politicamente incorrecto

Hoje decidi "regar" o meu Blogue!
Começa a época em que cada manhã nos presenteia com um festival de cor. Como os amigos, os tais para quem este Blogue é dedicado, são quem verdadeiramente dá cor á nossa vida, cá vai uma nova fotografia, novas palavras, mas sempre o mesmo sentimento.
A política, e o comentário político, não são definitivamente o meu forte. Para se ser forte nesta matéria, é necessário um grande poder de encaixe, e de "jogo de cintura" que definitivamente não tenho. Mas quer queiramos quer não, a politica está sempre presente nas nossas vidas: o "politicamente correcto", é um chavão, que sempre nos persegue: quantas vezes ficam por dizer palavras adequadas a determinada situação, ou mesmo atitudes que ficam por tomar, porque não são politicamente correctas! A tendência é acomodarmo-nos... que na minha perspectiva é "politicamente incorrecto"!!!
É bom que haja vozes contrárias! É bom que haja opiniões diferentes, ainda que para alguns tudo o que seja diferença represente ameaça ao comodismo instalado, e tão proveitoso para os poderes também instalados...
E venham essas vozes de onde vierem, serão sempre objecto de ataque, de insulto mesquinho.
Sejam políticos sérios, porque também os há, sejam políticos poetas, sejam anónimos leitores ou anónimos comentadores deste Blogue, Venham de que quadrantes vierem, há uma coisa em que gostaria que a mim se juntassem: O direito de ter opinião! Seja certa ou errada, convicta ou maleável, a opinião e a liberdade de a expressar, é um direito que por enquanto vamos tendo e que por mim, não gostaria de abrir mão! Ainda que me chamem lírico, sonhador, ou Poeta... em sentido pejorativo...
Não quero, nem tenho que provar nada a ninguém. Apenas tenho um dever de cidadania para com o meu País e com a minha consciência.
Mas vou dar uma pausa á política! Também não me merece que perca muito mais tempo… vou retomar o tema lá para mais perto das eleições. Descansem pois até lá os que me consideram herege…
Voltarei breve para regar este meu blogue, partilhando algumas perspectivas mais íntimas mais poéticas, mais coloridas!

Até breve!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Aqui até as pedras me falam

Faz hoje nove anos que o meu Pai partiu para o "Oriente Eterno".
Nove anos em que a Sua memória continua bem viva no meu coração.
Com a mágua que me acompanha por alguns haver, que tendo o seu Pai bem vivo, insistem em apagá-lo de suas memórias, decidi partilhar um pequeno escrito que no dia 5 de Outubro de 2000 fiz em memória do meu Pai, na Serra com o nome da aldeia onde nasceu: Leomil.
E continua bem actual!

"Aqui até as pedras me falam"

Aqui até as pedras me falam!
Pelo silêncio de ideias soltas,
que te fazem presença constante.
Sei bem que já não voltas,
é uma presença distante...
Fica a saudade do conselho amigo,
que as pedras não me falam,
saudade de estar contigo...
sussurro que as lágrimas não calam!
E do sorriso, da piada oportuna,
da tua expressão contente...
Deixaste-me esta fortuna:
A tua presença constante,
distante...
mas sempre, sempre presente!

Jaime

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Todo o Terreno




Pois foi! Até o tempo ajudou, sem a chuva que tanto tem caído, e permitiu um belo Sábado bem passado por esses trilhos do Pinhal do Rei.
Foi bom, porque o contacto com a natureza é sempre um privilégio; foi bom porque ter os amigos por perto é também um privilégio.
Por trilhos mais ou menos descontraídos, com subidas mais ou menos difíceis, com maior ou menor recurso á técnica, mas com um forte espírito de equipe, lá fomos passando pelos vários tipos de terreno que nos surgiram, inclusive uns lençois de água mais fundos do que o esperado... que o digam alguns! E que o diga eu, que dei por mim pedurado na frente do "anfíbio" , á procura do cabo para engatar o guincho... e fico-me por aqui no relato deste episódio em particular, que é para não embaraçar ninguém. Faz parte do programa.
Não pode nunca faltar nestes encontros uma boa gastronomia, e também por aí a coisa não correu mal: uma boa recepção nas Paredes, e uma boa despedida no Pedrógão! Fica seguramente a expectativa do próximo encontro, talvez lá para a Beira interior, um destes dias!
Como sempre, procuro em cada momento estabelecer analogias. E este dia não foi excepção. Dei comigo a a pensar nos momentos conturbados que vivemos hoje, em que se torna absolutamente necessário ter características "Todo o Terreno":
Meios adequados. Recursos extra para enfrentar as adversidades que nos vão surgindo. Conhecimento dos terrenos em que nos movemos. Calculo das probabilidades. Determinação perante o desconhecido. Equacionar alternativas. Suporte necessário se algo corre de forma inesperada. Apoio de uma mão amiga. E muita partilha!!!
E se a tudo isto se juntar a boa disposição...~
Obrigado amigos, por mais um dia bem passado! Voltem sempre, A casa está ás ordens!



terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

É importante votar!

Até quando?
Pois bem, para esta questão não há resposta. Mas posso partir do princípio que será enquanto a nossa consciência colectiva como povo o permitir. E em democracia, temos meios de nos manifestar, de julgar, como por exemplo as próximas legislativas!
Por mais confuso que o panorama político possa parecer, por maiores que sejam as desilusões com que os nossos políticos nos presenteiam diariamente, é importante votar! Por uma questão de cidadania, porque é importante preservar esse bem precioso que é a Liberdade. Votar é uma forma de manifestar vontade: vontade do que se quer, ou do que não se quer.
Eu explico:
Podemos votar no Partido Socialista, e dar continuidade a um governo autista, cujas políticas destrutivas de sistemas que representaram grandes conquistas para os mais desfavorecidos, estão seriamente ameaçados... educação, saúde para enumerar alguns, políticas que a continuar, comprometem o nosso futuro.
Podemos votar no Partido Social Democrata, um partido decapitado de liderança, sem rumo nem políticas concretas ou sérias em função da conjuntura actual, um partido que pratica uma oposição vazia de conteúdo, ser do contra porque sim. Um partido cuja organização interna se apresenta nebulosa, e que a governar, seria um reflexo dessa neblina. Não é disso que o País precisa.
Podemos votar no Partido Comunista Português, partido que sem grandes alaridos se tem mantido igual a si próprio: Autoritário, fechado nas suas ideias obsoletas e descontextualizadas do momento actual.
Podemos votar no Centro Democrático Social, pelo sorriso branqueado do Paulo Portas, ou para continuar a ouvir os seus discursos, que têm tanto de eloquência como de demagogia... mas para isso não precisamos de o ter no governo! Ele saberá chamar a si as televisões por esses mercados fora, e é mais seguro para nós assim...
Ou podemos votar no Bloco de Esquerda. Claro que não gostaria de ser governado por um partido que de facto revela imaginação, mas onde também abunda a demagogia. Apesar de que se mostra preocupado com as políticas ostracizantes do governo e tem sabido ouvir, e estar próximo das populações, apresentando propostas, algumas até simpáticas.
Cabe agora aqui o conceito de voto na oposição!
Ou seja: Para governar o País, não acredito em nenhum dos partidos que agora abordei, pelas razões que sumariamente enunciei, e também porque os partidos, na sua maioria, estão esventrados de ideologia, limitando-se a seguir um líder. Líder esse, em quem também não acredito! Em nenhum caso.
Mas como oposição, qualquer um pode servir, se o objectivo for travar a escalada de governação autista do PS, embora a oposição sistemática do "bota abaixo" não seja exactamente o que o País precisa.
Ora, o sentido de voto depende então do que se quer: votar num qualquer partido com a vontade expressa que esse partido nos governe, ou votar num outro com o obejctivo de legitimar uma oposição forte, e que se pretende séria.
É neste sentido que nas próximas legislativas irá o meu voto: é necessário tirar ao PS a maioria absoluta, que se tem revelado o caminho para uma governação autocrática, insensível ás verdadeiras necessidades do povo. Uma governação para as estatísticas que decoram gabinetes em Bruxelas, uma governação perto das instituições e divorciada do povo! Tal como anteriores maiorias absolutas.
É importante quebrar este estilo de governação. E isso consegue-se não cedendo a qualquer partido político uma maioria absoluta. Obrigará a acertos, convergências e a uma governação mais ponderada e equilibrada, quiçá pondo termo á arrogância política que tem proliferado nos últimos anos!
É por isso importante votar, seja qual for o sentido de voto.
Por mim, partilho o meu, nas próximas legislativas, na procura que Portugal "ande para a frente": Não poderei a voltar a votar PS! Por princípio não votarei PCP., mas o meu voto continuará na esquerda, que entendo democrática!
E o seu?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Típicamente Português

É tipicamente Português! Ainda o Blogue mal nasceu e já alguns reclamam que nada de novo aparece... Calma!!!
Não vos chegam os telejornais? Não vos chega a tomada de posse do Obama, ou as polémicas em que alguns mal intencionados envolvem o Sócrates, o nosso Engenheiro? Coitado... Ou as intermináveis alegações finais do processo Casa Pia, ou aquela crise que dizem anda por aí... Ou mesmo o frio e a neve!
Com tanto para passar os olhos, o problema é que não aparece nada de novo no meu Blogue... só mesmo muita amizade é que pode levar a tanta preocupação!
Pois cá vai mais um pensamento, desta vez dirigido precisamente áqueles que com tanto carinho todos os dias por cá espreitam. Fico á espera do retorno!
Quase toda a gente sabe que a minha relação com o Futebol, é uma relação "distante", mas suficiente perto para ser bem mais feliz que aqueles que sofrem desalmadamente com o seu clube, seja de cospe fogo, penas, ou felino. E sou mais feliz, porque a cada jornada que passa, em vez de torcer apenas por um clube, estou sempre inquestionávelmente a torcer por qualquer um que jogue contra o F.C.P. O problema, é que apesar das probabilidades serem substancialmente maiores, enfim, a coisa continua a correr mal...
E como fica bem sempre fazer uma analogia com o futebol, cá vai então, o cerne da questão: tem a ver com política, pois então! Mas aí não temos de facto motivo nenhum para estar felizes, pois por muito esforço que os nossos políticos ponham, estamos como os outros: Saímos sempre a perder!
E não há arbitro que nos valha! Veja-se o exemplo do Banco de Portugal: O árbitro do "jogo de cintura dos banqueiros"... Afinal, segundo a leitura de alguns intervenientes, no descalabro do BPN, a coisa deu para o torto, porque o Banco de Portugal não marcou uns "penalties"!!!, não porque algum responsável do BPN desse rasteiras... mas a culpa é do árbitro!!! Tipicamente Português!!!
Eu fiz asneira, mas a culpa é tua, porque devias ter-me impedido de fazer asneira...
E temos assim o País entregue a protagonistas de capa de revista, impunes, coniventes, e se calhar já a pensar na próxima tramoia... Enquanto outros, os que verdadeiramente se lixam, impotentes perante tanta alarvidade, se entretêm a ler este blogue... Pois, é mais fácil refilar comigo!!!
Até quando? fica o mote para a proxima reflexão... Sim, Até quando?