domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal 2012 - Boas festas



Que a sabedoria presida à construção do nosso templo.
Que a beleza o decore.
Que a força o complete.
Que a alegria permaneça nos nossos corações.
Que a paz reine entre os homens
Este é o Natal perene que a todos desejo.
Este é o Natal perene que a todos importa cumprir!


domingo, 29 de abril de 2012

NEVOEIRO - Fernando Pessoa


NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece a alma que tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!

Fernando Pessoa - "A mensagem"

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sonhar Abril...



Comemorar Abril sem os seus Capitães? 
Comemorar Abril sem os seus heróis?  
Comemorar Abril com cravos murchos?
Não! Assim não se comemora Abril!
Assim, cala-se de vez a esperança, 
incendeiam-se os archotes da indignação!
Não! Assim não se vive Abril!
Apenas se recorda o dia em que começámos a sonhar,
sonhar que a liberdade era possível! 
Comemorar Abril com aqueles que nos têm roubado esse sonho?
Que nos violentam com um suave e cínico regresso ao passado?
Não! Assim não se realiza Abril!
Porque afinal, se calhar Abril chegou, mas não se realizou!
Ainda…
Ainda havemos de abraçar Abril…
Quando os cravos voltarem a ter cor! 

Jaime

sábado, 14 de abril de 2012

Sindrome de alienação parental, Alzheimer induzido...


Alzheimer é uma doença degenerativa, cujo principal sintoma é a perda de memória. Atinge sobretudo a população idosa. Parece-me apropriado estabelecer um paralelo entre o Síndrome de Alienação Parental (SAP) e a doença de Alzheimer (DA). Este paralelismo nem sempre funciona por analogia, podendo ser comparável por antítese. Vejamos: O SAP atinge sobretudo a população jovem, crianças indefesas e de tenra idade. Em ambos prevalece a perda de memória, embora no SAP esta seja induzida pelo progenitor alienador, que se encarrega também de ensinar a sua vítima a odiar, a mentir e a tornar-se egoísta. Alzheimer, é uma doença, que evolui, destrói a vida do paciente e corrói a vida daqueles que o amam. Alienação parental, é um crime, ainda impune, que destrói a vida de uma criança, comprometendo o seu futuro, e corrói a daqueles que a amam e se vêm privados de o poder fazer em plenitude.

sábado, 7 de abril de 2012

Convite à introspecção e reflexão


Acredito que a reflexão conduz a diferentes e interessantes perspectivas de vida. Considerando o conceito de paz que de seguida utilizarei como “paz interior individual”, gostaria de deixar à reflexão as seguintes questões:
O amor gera paz, ou a paz gera amor?
Será possível viver em paz sem amor?
Está lançado o mote...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Dia do pai? diferente... certamente!


A tolerância tem limites. A esperança também. Sentimo-lo quando o peso do fardo vai diminuindo, quando a angustia e a desilusão vão dando lugar à leveza e serenidade de uma consciência sem peso.
Temos pena! Pois temos, que a contagem das primaveras não traga o discernimento necessário à descoberta da verdade. Isso dá trabalho, acarreta cuidados e requer coragem. Atributos ao alcance de qualquer caracter que se revele forte, de qualquer personalidade integra. Fora do alcance da mediocridade dos mesquinhos, das mentes tacanhas dominadas pelo vício, pela ostentação, pela futilidade.
Temos pena! Pois temos, dos fantoches de roupas caras, fachadas vazias de conteúdo, sem pensamento próprio e impregnados de imoral hipocrisia.
Temos pena! Pois temos, de tantos anos a levar o jarro da esperança à fonte, a acalentar sonhos, a passar mensagens de parabéns. Pois bem, cansado de mais do mesmo, consumido pela resposta corrosiva do desprezo, o jarro partiu! Partiu mesmo, derramando de volta, na justa medida, tudo o que ao longo dos anos foi recebendo.
Temos pena! Pois temos, mas do passado apenas importa levar a memória do que foi bom. É por isso que sempre tenho  presente na memória o pai que fui, enquanto me foi permitido sê-lo! E a memória do meu Pai que continua a marcar a sua presença.
Temos a vida aí à porta a convidar viver cada momento com a intensidade própria do amor que a rega! Não há tempo a perder com águas passadas. O presente não espera!

domingo, 11 de março de 2012

A Montanha...


Todos nós temos as nossas montanhas pela frente. A cada um cabe decidir: subi-la ou contorná-la, sabendo que essa será uma decisão com consequências.
Eu optei por subir a montanha. Aprendi que para o fazer me deveria rodear do que é importante: as pessoas certas. E ainda que para dosear o meu esforço deveria livrar-me de todo o peso inútil: Os pensamentos. Livrei-me assim de todos os que me impediam de sonhar, de todos os que me de atrofiaram, que me impediram de amar. Livrei-me também dos preconceitos.
Chegar ao alto de uma montanha abre novas perspectivas, novos horizontes. Um olhar abrangente enche a alma com novos pensamentos, gratificantes sensações de envolvimento com o infinito, com o que está para além do que os olhos alcançam. Alimentam-se, sonhos com o deleite de uma brisa refrescante. No entanto a emoção maior, está na subida da montanha: em cada declive vencido, cada folego soprado, cada barreira superada. Os novos horizontes que lá em cima se alcançam não são mais que o prémio da superação da subida.
Não sei quando ou se chegarei ao cimo. Sei que estou a caminho, procurando  a cada passo ser merecedor da confiança dos que me acompanham. Sinto a cada passo  a firmeza de que escolhi o caminho certo.
Não há vitórias fáceis ou difíceis, há recompensas ao esforço. Já vou tendo a minha, no reconhecimento que recebo e amor que partilho.
As carícias que me traz o vento, essas, murmuram a saudade dos que seguiram por outro caminho. 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Acreditar!


Publiquei esta foto no meu mural do Facebock. Desafiei os meus visitantes a descobrir onde ficava… mas fiquei longe de obter a resposta que desejava. Nem net nem Google maps deram a dica. Aprendi, de facto que localidades com este nome existem várias. Nada mais que isso. Assim, aqui fica um convite à reflexão:
Ter esperança e apenas isso, é estéril. A esperança que queria que me indicassem, é aquela que deve residir em cada um de nós. Aquela que não se limita à espera, mas que alimenta a vontade. A vontade de ser. A vontade de conseguir. A vontade de amar. A vontade de lutar. A vontade de vencer. A vontade de viver. Só assim a esperança faz sentido: Com vontade! 
Ter esperança e apenas isso, é inconsequente. Estamos a precisar de mudança. A começar pela atitude. De não ficar permanentemente a acalentar a esperança que algo mude… É tempo de perceber que a mudança apenas ocorre quando vier de dentro para fora, e não de fora para dentro. É tempo de regar a esperança com acção. É tempo de sorrir. É tempo de abraçar, de estender a mão. É tempo de entender o outro. É tempo de ser solidário. É tempo de dar. Só assim a esperança faz sentido: A acreditar!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Silhuetas de vida


Silhuetas de vida
Perguntei a um destes imponentes troncos que encontrei no meu caminho:
- Diz-me, se pudesses ter fugido quando o fogo te atacou terias fugido?
A árvore, ou melhor o que resta dela, nem se mexeu… como que ignorando a minha pergunta de tão absurda que era…
Então, um sopro de vento, extraiu um silvo e um estalo daquele tronco carbonizado e carunchoso. Vi um sorriso na árvore que de seguida me respondeu:
- Que achas? Claro que sim! Mas as minhas raízes impediram-me de o fazer. Eu bem tentei, mas percebi que era aqui que tinha de ficar.
- Deve ser doloroso, querer sair de um lugar e não poder – Disse eu, tentando perceber a angústia daquele imponente pedaço de vida carbonizado.
- Não. Só é doloroso o que não soubermos aceitar como nosso desígnio. Repara: Já fui carregada de cor, de vida, de alegria. Já tive folhas, já tive uma copa frondosa, já dei sombra e frescura. Testemunhei namoros, promessas e planos. Já recebi muita energia. Já transformei muito dióxido de carbono em oxigénio. Já dei muita vida… e tudo isto, sem sair do mesmo lugar!
Estava estupefacto a ouvir aquela árvore, e a imaginá-la em tudo o que acabava de referir. Como é possível? Que magnífico lugar o das árvores no Universo! Como seria o mundo se os Homens pensassem também assim?
Nisto, um novo silvo de vento devolveu a palavra à árvore:
- Seria certamente um mundo melhor…
- Mas, consegues ler os meus pensamentos?
- Não te assustes… Sou agora um tronco de carvão com galhos, carcomido pelo caruncho, mas a minha alma está intacta, e em sintonia com a tua e com todo o Universo. Por isso, sei o que pensas. E digo-te: Se cada Homem vivesse também para dar vida, e podendo graças à sua mobilidade, levar vida alegria e cor de lugar em lugar, é óbvio que o mundo seria melhor!
Continuei estático, incrédulo a olhar para aquela árvore e a digerir o que me dissera…
- As minhas raízes – continuou – impediram-me de fugir de uma morte certa. Mas deram-se suporte para uma vida cheia e plena. Também há “Homens árvore” cujas raízes assentam em valores de ética, moral e solidariedade e podem encher as suas vidas e as dos outros. Quando os Homens ignoram estas raízes, estes valores, podem fugir… fogem da realidade, fogem dos outros, mas não fogem de uma vida frustrada, de uma vida fingida, de uma vida vazia. Não têm o suporte e a firmeza que dão essas raízes. São voláteis!
Apoiado no meu bastão, não conseguia desviar a minha atenção daquelas palavras.
- Por mim, - prosseguiu- O meu ciclo está prestes a terminar. Agora, estou apenas a decorar a paisagem nesta mistura de belo dantesco que te chamou a atenção, e conversando com um ou outro que por aqui passa e repara em mim, como tu. Outras árvores estão a iniciar o seu ciclo. Mas seria bom que houvesse mais “Homens arvore”. Certamente conheces alguns. Vai, e convence-os a espalhar vida! Não apenas num lugar, porque não são árvores, mas por todo o lugar que passem… porque são Homens! E em cada lugar, que deixem o brilho do sol, que reguem com a água da alegria, que dancem com o vento, ao som da musica da natureza… e que abracem a harmonia do todo o Universo!
Percebi o recado, e de novo me fiz ao caminho. Percorri alguns metros e não resistia olhar para trás. Um novo sopro de vento murmurou mais um estalo daquele corpo escuro e inerte. Uma saudação amiga… um até já, de alguém que sempre soube e cumpriu o seu papel no Universo.
Bem-haja!
Vou agora procurar “Homens árvore”. Temos muito que fazer! Há muita gente a precisar de vida!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A distracção da Maçonaria


Está na moda a Maçonaria. Ser ou não ser, eis a questão! 
Curioso é ver os pseudo políticos que se assumem… mas que só foram um bocadinho, até nem vão a reuniões como ficou bem patente nas patéticas declarações de João Cravinho ou Fernando Nobre. Têm vergonha? Têm medo? Nunca foram verdadeiros maçons! 
Que a Maçonaria necessita de um purga, parece-me óbvio mas a verdadeira questão para se falar tanto e assim tão de repente, tem a ver essencialmente com uma ou as duas coisas seguintes: 
Não há notícias, e este é um assunto que vende jornais, dá audiências, e até proporciona que doutorados em “Tudologia” como o Miguel Sousa Tavares deem mais uma opinião sobre mais um assunto que desconhecem…
Ou então, vem aí chuva da grossa e a malta anda distraída com a Maçonaria e nem se apercebe… como por exemplo o recente aumentos dos combustíveis, ou o anuncio que serão necessárias mais medidas de austeridade, ou que o Serviço Nacional de Saúde de moribundo está a entrar em fase terminal! Isto não vende jornais em dá audiências… Mas dá raiva!
E nós cá vamos indo, distraídos com a Maçonaria... 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Parabéns

Hoje, é um post muito simples.
Se tenho por vezes a tentação de responder ao silêncio com silêncio,
entendo que não devo responder ao desprezo com desprezo...
Porque seria contrariar o sentimento nobre que ainda me anima de alguma esperança.
Ainda que o tempo se encarregue de a tornar ténue... cada vez mais ténue...
Parabéns, meu filho.
Que perdure este registo, já que nada mais te interessa...