segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 de Abril 2011. Uma revolução neste blogue!


Comemora-se hoje o dia em que o regime repressivo foi derrubado. Faço parte dos que viveram esse dia, e recordo-me de ao chegar a casa, vindo da escola, a minha mãe me receber com invulgar satisfação, só pelo facto de eu chegar a casa, a minha avó num pranto, porque Lisboa tinha sido “tomada”, e o meu Pai com uma euforia contida,  que transparecia optimismo. E eu, claro, sem perceber patavina do que se passava, perguntei à minha avó: Lisboa, tomada por quem? Quem é que quer aquilo? Os Espanhóis???
Hoje temos de novo Lisboa tomada, uma ocupação subtil, fruto da irresponsabilidade daqueles que ao longo destes 37 anos temos escolhido para nos liderar. Cada um ao seu jeito, cada um ao seu tempo, nenhum foi suficientemente visionário para actuar nos alicerces da nossa sociedade, e promover desde aí a mudança necessária para a construção de um futuro sólido. Vivemos sempre na mira da caça ao voto, com implementação de medidas ténues para as nossas necessidades, populistas e cobráveis a num horizonte de quatro anos. Comemoramos 37 anos de liberdade,  37 anos de avanços e recuos ao ritmo de cada quatro anos, ou menos, em que a evolução que vivemos vamos pagá-la caro com mais uma entrega nas mãos do FMI, cujas garras estão mais afiadas do que nunca. Comemoramos 37 anos de estagnação da evolução que poderíamos ter tido, com um sábio aproveitamento das oportunidades que nos foram sendo criadas, mas que ficaram apenas à mercê de alguns. Deixando  outros entregues à mentira, nova forma de repressão.
Será que enquanto povo estávamos de facto preparados para receber essa conquista de liberdade? A euforia da liberdade, conduziu-nos ao desprezo da verdade e sempre houve quem não tivesse relutância em se aproveitar disso, estagnando também alguns sectores fundamentais ao desenvolvimento, como a educação, a saúde, a justiça, deixando fachadas de sucesso, e corrompendo os alicerces de um funcionamento saudável e eficaz. O resultado está à vista.
Temos à porta um novo caciquismo. E quem pensa diferente, ou não pactua com este regime sujeita-se a ser publicamente humilhado, acusado de preconceito e apelidado de pobre. Por enquanto… apenas isto. No futuro não sei.
Como diz o poeta: Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí…
Vou iniciar hoje uma revolução no meu blogue. Devolvê-lo às suas intenções originais. Um espaço de reflexão, mais consonante com o seu nome: “Cores da manhã”. Vou abolir a política. Esta está a desvirtuar este espaço! Com desvirtua também a consciência de algumas pessoas que considero inteligentes.
Está pois a ler a minha ultima reflexão política publicada neste blogue. Encerro aqui um ciclo. Abro assim um novo. Lá para a frente, os leitores deste blogue (se é que ainda resta algum…) me dirão o que pensam. Um bom dia da Liberdade para todos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A mulher foi feita da costela do homem para ser amada

“A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada.”
Vi um destes dias esta frase postada no Face Book. Perguntei quem era o autor, e tive como resposta um smile, que aproveito para retribuir. A minha curiosidade em saber o autor desta frase prende-se com o facto de que sempre a ouvi ao meu pai nos casamentos que celebrou e a que assisti. Convenci-me que fazia parte da sua retórica para estas cerimónias, e julguei, erradamente, que a concepção era sua. Ao vê-la postada no FB por um amigo que certamente não conheceu o meu pai, levou-me a fazer uma pesquisa sobre o autor da frase.
Pasmei! O autor é Maomé! Não deixa de ser curioso, haver um pastor evangélico a usar esta citação, e não deixa de ser irónico o profeta dos muçulmanos ser autor de tão bela frase,  profeta daqueles que barbaramente enterram as mulheres até ao pescoço e as apedrejam até à morte…Curioso e irónico… no mínimo!
Parece-me que os conceitos de beleza, protecção e amor de Maomé são bem diferentes dos revelados por alguns dos seus seguidores…

quinta-feira, 14 de abril de 2011

INDIZÍVEL - Sindrome de Alienação Parental

Vale a pena ver. Vale a pena reflectir : A alienação parental na primeira pessoa. Cansados de sofrer em silêncio! Uma ressalva: Não se trata de uma "guerra de sexos", embora os depoimentos sejam sobretudo de pais, o SAP atinge também muitas mães, igualmente vítimas de infâmias e calunias, muitas avós e avôs, tios, padrinhos etc. etc. Mas sobretudo atinge aqueles que neste flagelo não têm voz: As crianças! "Os orfãos de pais vivos"!


INDIZÍVEL from Alexandre Azinheira on Vimeo.

sábado, 9 de abril de 2011

Honra: não há metal que a compre

Tristes os vivos que não sabem nem honrar os seus mortos, que espalham o ódio e antecipam a morte dos seus enquanto ainda vivos. Despojando tudo, inclusive a dignidade. Tristes os que reluzindo com o metal do saque, vivem balofos, mostrando o que não são, sendo apenas desprezíveis… Tristes aqueles que apenas têm para dar o seu olhar falso, a sua palavra hipócrita, aqueles cujo remorso se afundou há muito na ganância sem pudor, se afogou nas lágrimas ácidas e conspurcadas que vertem…
A minha solidariedade com aqueles que choram as cristalinas lágrimas da saudade, e que teimosamente se erguem entre os despojos, deixando à tona um nobre valor, que nenhum metal compra: A honra!