sábado, 26 de março de 2011

Há que lançar as cinzas ao vento...

Uma pessoa anda a semana toda a dar o litro, à espera que chegue o fim-de-semana para relaxar um pouco. A chuva, se bem que faz falta, bem que podia cair durante a semana, mas enfim. Nesta matéria não posso responsabilizar o governo. Só porque está demissionário, senão, ainda se dava um jeito…


Bom, mesmo com chuva, lá deu para uns arranjos na horta. Foi com agrado que constatei que as alfaces continuam a crescer, os feijoeiros começam a trepar pelas canas, a videiras apresentam as primeiras folhagens, o pessegueiros e os abrunheiros já deram flor e também aparecem as primeiras folhas. Ou seja: A ordem cósmica rola e em nada foi afectada com a demissão de José Sócrates. Afinal, a importância dele é relativa.

Aliás parece que a sua importância se limita cada vez mais ao PS. Tudo indica que ganhará as eleições dentro deste seu partido. Certamente conhecedores que a derrota eleitoral será inevitável nas legislativas, as alternativas válidas remetem-se a um prudente silêncio. Sócrates terá que levar até ao fim a sua cruz, e as legislativas ditarão o seu fim político. O fim de um ciclo. Aguardemos então que a fogueira arda, que as cinzas, lançadas ao vento voem,  haja renovação neste PS e ressurja das cinzas o Partido Socialista. O verdadeiro. Fiel aos seus ideais e princípios, respeitado e respeitador. Até lá… paciência seremos espectadores de um decadente processo de decomposição política, e surpreendidos, ou talvez não, com algumas revelações que agora tanto se querem ocultar sobre a "coisa pública"... Cá estaremos, para apreciar e julgar, nesse tribunal que são as urnas de voto.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sócrates: Fizeste história, pá!

E mais logo, quando tudo estiver terminado, quando tudo tiver recomeçado e este país mais uma vez adiado, lembra-te Sócrates: Foste um marco, serás sempre recordado como o Primeiro-ministro que mais mentiu aos portugueses, que mais traiu Portugal! Fizeste história, pá!

sábado, 19 de março de 2011

Dia do Pai… Diferente.

Dia do Pai… Diferente.


Chamemos-lhe vigília, encontro, sensibilização, o que quiserem. Foram muitos os que responderam presente, e hoje compareceram no Largo de Santana em Leiria.
Pais, que desde há muito passam um dia do Pai diferente, afastados dos seus filhos, privados do exercício de paternidade em pleno. Familiares e amigos, que quiseram manifestar a sua solidariedade, juntaram vozes numa acção inédita em Leiria. Não foi um protesto, mas um grito de dor daqueles que se vêm amputados do amor dos seus filhos, netos, sobrinhos, afilhados, etc.
Cada um com um problema diferente, com contornos específicos, mas com um denominador comum: Todos temos “Filhos órfãos de Pais vivos” .
Sabemos que somos a voz de muitos que não se quiseram juntar por receio das represálias que isso poderia trazer. Sabemos também que outros já desistiram, não do amor que sentem pelos filhos, mas baixaram os braços para evitar a exposição das crianças aos procedimentos judiciais infindáveis.
Ficou um apelo à sensibilização de todos os profissionais envolvidos nestas matérias de regulação do poder paternal, para o flagelo que constitui o “Síndrome de Alienação Parental” .
E por fim… Irónico… fui pai pela primeira vez no dia 19 de Março de 1990. Dia duplamente festivo, pensei eu, longe de imaginar que passados 11 anos passaria a ser um dia duplamente sofrido. Aqui ficam os parabéns a quem tem neste dia um dia festivo. E que a sabedoria que os anos sedimentam, possa um dia trazer à tona a verdade. Porque a verdade é libertadora, e não há outra forma de chegar à paz. Parabéns, meu filho, onde quer que estejas!

segunda-feira, 7 de março de 2011

A cena não vai para baixo? Que cena?

Caros senhores que põem avisos destes nas casas de banho dos homens:


Venho por este meio, muito encarecidamente pedir que da próxima vez, sim porque de certeza que vai haver “mais uma vez”, sejam mais explícitos com aquilo que pretendem. É que uma pessoa fica baralhada: ao chegar diante desta peça de mobiliário sanitário, normalmente já a mão está ocupada e de repente lê isto!!!

Afinal o que é que é para não usar? E se usar, a consequência, assim em jeito de castigo “a cena não vai para baixo”? E daí? Até pode dar jeito que assim seja, não é?!? E além disso, se chega ao conhecimento das utilizadoras da casa de banho das mulheres, que ao lado está “a cena que não vai para baixo”… Estão bem a ver o risco que os utilizadores estão a correr?!?

Portanto, meus caros senhores: Toca da chamar as cenas pelo nome, vamos evitar confusões, e por favor tenham a noção bem clara que usar ou não, depende da vontade e da habilidade de cada um, assim a “cena não vá para baixo”… E além do mais, que é que vocês têm a ver com isso?

Atenciosamente, um utilizador assíduo da cena.

domingo, 6 de março de 2011

Branca de Neve e a Eurovisão



Quem não se lembra do filme "Branca de Neve" de João César Monteiro? Há excertos disponíveis no youtube,  desse filme apenas com palavras,  sem imagens… E que polémica deu! Mas a mensagem de descontentamento do seu autor, passou e de que maneira. Então as entrevistas que deu no dia da estreia… Nem me atrevo a reproduzi-las aqui, porque sei que este blogue também é lido por crianças!
Assim estamos nós com os Homens da Luta. Vão à Eurovisão, com uma cantiga sem forma, mas carregada de conteúdo!
De vez em quando é bom que apareçam uns “cromos” para abanar o sistema, e nos obrigar a pensar diferente. E ensinar a aceitar essa diferença!

Acabaram-se as canções... Regressam as touradas!



Não é nada de novo.
No passado, em vários anos, o festival da canção foi uma arma política de luta contra a tirania instalada no poder. Mais do que qualquer mérito de beleza artística, esta canção ganhou realmente porque o povo quis gastar 60 cêntimos mais IVA para lhe dar a vitória, para dar voz ao seu protesto! É sobretudo uma mensagem política muito forte que, espero, seja entendida pelo destinatário, apesar de ser cantada em Português e não em Inglês técnico…
O público abandonou a sala, pois a competição artística foi engolida por este voto de protesto. Azar… são as regras do jogo! É o custo de termos de novo a tirania instalada no poder.
E para os mais cépticos, pensem no seguinte: José Sócrates foi recebido por meia hora pela Senhora Ângela Merkel. Alguém sabe verdadeiramente o que se passou nessa reunião? Não creio… ainda por cima com o hábito terrível que aquele senhor tem de mentir… Agora com esta representação no Festival da Eurovisão, é a verdadeira voz do descontentamento popular que é recebida não apenas pela Senhora Merkel, mas por toda a Europa, por todo o cidadão europeu que a queira ouvir! E todos saberemos exactamente que mensagem está a passar!!!
Se gostei da canção? Não. Nem desta nem de nenhuma outra. Se gostei da vitória? Sim. É uma denúncia da tirania de novo instalada no poder.
Vamos ver se nos próximos anos o televoto continua… Isso sim, seria o cúmulo!!!