segunda-feira, 19 de março de 2012

Dia do pai? diferente... certamente!


A tolerância tem limites. A esperança também. Sentimo-lo quando o peso do fardo vai diminuindo, quando a angustia e a desilusão vão dando lugar à leveza e serenidade de uma consciência sem peso.
Temos pena! Pois temos, que a contagem das primaveras não traga o discernimento necessário à descoberta da verdade. Isso dá trabalho, acarreta cuidados e requer coragem. Atributos ao alcance de qualquer caracter que se revele forte, de qualquer personalidade integra. Fora do alcance da mediocridade dos mesquinhos, das mentes tacanhas dominadas pelo vício, pela ostentação, pela futilidade.
Temos pena! Pois temos, dos fantoches de roupas caras, fachadas vazias de conteúdo, sem pensamento próprio e impregnados de imoral hipocrisia.
Temos pena! Pois temos, de tantos anos a levar o jarro da esperança à fonte, a acalentar sonhos, a passar mensagens de parabéns. Pois bem, cansado de mais do mesmo, consumido pela resposta corrosiva do desprezo, o jarro partiu! Partiu mesmo, derramando de volta, na justa medida, tudo o que ao longo dos anos foi recebendo.
Temos pena! Pois temos, mas do passado apenas importa levar a memória do que foi bom. É por isso que sempre tenho  presente na memória o pai que fui, enquanto me foi permitido sê-lo! E a memória do meu Pai que continua a marcar a sua presença.
Temos a vida aí à porta a convidar viver cada momento com a intensidade própria do amor que a rega! Não há tempo a perder com águas passadas. O presente não espera!

domingo, 11 de março de 2012

A Montanha...


Todos nós temos as nossas montanhas pela frente. A cada um cabe decidir: subi-la ou contorná-la, sabendo que essa será uma decisão com consequências.
Eu optei por subir a montanha. Aprendi que para o fazer me deveria rodear do que é importante: as pessoas certas. E ainda que para dosear o meu esforço deveria livrar-me de todo o peso inútil: Os pensamentos. Livrei-me assim de todos os que me impediam de sonhar, de todos os que me de atrofiaram, que me impediram de amar. Livrei-me também dos preconceitos.
Chegar ao alto de uma montanha abre novas perspectivas, novos horizontes. Um olhar abrangente enche a alma com novos pensamentos, gratificantes sensações de envolvimento com o infinito, com o que está para além do que os olhos alcançam. Alimentam-se, sonhos com o deleite de uma brisa refrescante. No entanto a emoção maior, está na subida da montanha: em cada declive vencido, cada folego soprado, cada barreira superada. Os novos horizontes que lá em cima se alcançam não são mais que o prémio da superação da subida.
Não sei quando ou se chegarei ao cimo. Sei que estou a caminho, procurando  a cada passo ser merecedor da confiança dos que me acompanham. Sinto a cada passo  a firmeza de que escolhi o caminho certo.
Não há vitórias fáceis ou difíceis, há recompensas ao esforço. Já vou tendo a minha, no reconhecimento que recebo e amor que partilho.
As carícias que me traz o vento, essas, murmuram a saudade dos que seguiram por outro caminho.