segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Silêncio

Silêncio
A mim, sabe-me bem, quando vem por bem.
Diz-me o que gosto, e o que não gosto!
Não tem preconceitos, o silêncio:
Não avisa quando vem.
Ora me faz rir…
Ou me dá um medo de fugir,
Quando me é imposto!
Também é um privilégio, o silêncio:
Em silêncio tenho aprendido,
não é apenas ausência de ruído:
Quando tudo o resto se vai, o silêncio fica,
afinal, em silêncio também se comunica…
Guarda segredos, o silêncio:
Tal como um cofre!
Em silêncio se ama.
Em silêncio se sofre.
Em silêncio uma lágrima se derrama...
É cruel e belo, o silêncio!
Sabe o que a alma não diz!
Indica caminhos ao aprendiz,
alimenta rios de esperança…
alimenta sonhos de criança…
O silêncio… e a ti? O que te diz?

Jaime

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O teu coração é igual ao meu...

O teu coração é igual ao meu…
Não é de pedra, está bem vivo,
tem um bater forte e belo…
Vieste! Estás crescido!
Distante e de olhar esquivo,
como que a querer quebrar o elo,
com este coração que gerou o teu…
Ainda que sem motivo!
O teu coração é igual ao meu…
Não é de pedra, não é de gelo…
Apenas vagueia entre o sentimento,
perdido…
As palavras são poucas, as respostas certeiras.
Não queres falar…
Ou não querem que tu queiras?
Só o teu intimo saberá melhor que ninguém.
Podes ler?
E um dia mais tarde entender,
vagueando por estas linhas,
que não deixei de te amar,
nem por um momento!
e que sofri também,
com tristezas que não são só minhas…
Já nem sei para que me repito!
Mas se o faço, já grito!
tão real é esta dor,
que me aperta o peito!
Arrancaram-me mais um amor…
Nem disse um ai…
Afinal, o meu coração não é igual ao teu…
O meu, é coração de Pai.
Desfeito…

Jaime

domingo, 20 de dezembro de 2009

Boas Festas para pensar o Sol

Imagem extraída da net: O Sol em solstício (Nasa)
Amanhã, dia 21 de Dezembro, pelas 17:47, ocorre o Solstício de Inverno. Ou seja, começa o Inverno, com toda a carga a que normalmente lhe associamos: frio, chuva, noites longas… Aliás, será também precisamente a noite mais longa do ano. Há no entanto um detalhe neste ciclo que me enche de alegria… é que a partir desse momento, os dias começam a ficar mais longos… pouco a pouco, mas já a partir de amanhã! E lá para finais de Janeiro já temos mais meia hora de luz, e sempre a aumentar, até que lá para 20 de Março, pelas 17:32 teremos o Equinócio da primavera, e o dia terá a mesma duração que a noite… e a 21 de Junho, pelas 05:45, teremos o Solstício de Verão, com o dia mais longo do ano… repetindo-se o ciclo que sobejamente conhecemos. Sabemos, é que a partir de amanhã, quando escurecer, o nosso astro rei começa a subida pelo seu Azimute, e, dia após dia, trata de nos iluminar um pouquinho mais!
Desde há bastante tempo que a esta data se associam festividades de relevo: Civilizações houve que consideravam o renascer do Sol, filho da Luz. Festividades associadas á fertilidade, e com o elemento Divino invariavelmente presente.
Constantino I, o Imperador Romano no ano 336 D.C., determinou que em vez das festividades do Solstício, passasse a ser comemorado o nascimento de Cristo, em vez do nascimento do Sol, fixando a data em 25 de Dezembro. Passou então todo o Império Romano a professar o Cristianismo. Esta influência chegou aos povos do Hemisfério Sul com a expansão do Cristianismo. Aqueles povos, comemoravam o Solstício de Inverno, o nascimento da Luz, portanto, a 21 de Junho.
Afinal, pergunto eu: O que comemoramos nós? O Nascimento de Cristo, porque um imperador Romano assim o decretou? O inicio de um novo ciclo Solar, porque a natureza assim o estruturou? Ambos?
Não sabemos muito bem o que comemoramos? Sabemos que temos umas prendas para comprar, uma frenética industria e consumismo a alimentar?
Pela parte que me toca, vou deliciar-me com cada momento que possa apreciar o sol a subir no seu azimute, vê-lo levantar-se sobre a serra, deitar-se sereno sobre o mar… acompanhar as sementes a germinar, regar os tomateiros que hão-de dar, ver as silvas a conquistar palmos de terra em cada dia que passa, apreciar as amoras a amadurecer… as abóboras a crescer…
Em cada momento este ciclo com que a natureza nos brinda se reinicia, conduzindo aos equilíbrios necessários para que tudo tenha o seu tempo, a sua época. E pelo solstício de inverno, Natal ou o que lhe quiserem chamar, haverá doce de tomate, de amora, de abóbora, ou do que a natureza providenciar. Sem algemas comerciais, espero sobretudo ter sempre alguém iluminado de sentimento fraterno, com quem partilhar!
Por isso cá ficam os meus votos nestas festividades: Muita dança, muita alegria, muito amor, muita partilha!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Vamos a isto?!? Projecto Limpar Portugal





Parabéns aos autores! Bonito, motivador!

http://www.limparportugal.org/

sábado, 12 de dezembro de 2009

O olhar da alma...


Repara na água que corre num rio de montanha:
Galga pedras, cai em cascatas, serpenteia em curvas aguçadas.
Ainda assim, continua cristalina e límpida!
Tal como a alma de quem não se deixa turvar por protagonismos imorais,
ou ganância desmedida.
Essa água, que permite ver bem o fundo em que pousa, revela-se por si mesma,
Na serenidade da experiência vivida…
Experiência de esforços, obstáculos vencidos, quedas, turbilhões e lutas!
Ainda assim, permanece a serenidade…
Também assim é a alma de quem vive orientado por valores intemporais,
Nesta viagem que só tem ida…
São exemplo a integridade, seriedade, justiça, solidariedade, lealdade, fraternidade…
Omitindo sequelas das lutas travadas e ataques sofridos, nestas labutas,
Permanecem firmes…
Revelando no olhar cristalino de uma vida sofrida,
A serenidade de uma alma limpa!
É bom conhecer estas almas. Saber ler o olhar.
Peço a Deus que me ajude a distinguir pela profundidade desse olhar,
a diferença entre águas tranquilas, ribeiras agitadas, charcos, ou sarjetas!
Conheço de tudo!
Sei para onde me empurraram, sei onde tenho de me molhar…
Mas sobretudo sei: em que águas me quero banhar!
E tu? Que sabes?

Jaime

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ter um amigo é ter um farol

Há uns bons 20 anos, alguém que na altura estava a conhecer, me disse: “Não vale a pena investir em amizades”. Discordei na altura, e respondi que iria provar-lhe o contrário. É hoje um amigo que muito prezo e estimo e que espero venha a ler este escrito.
Ao que parece, eu tinha razão. E continuo a pensar da mesma maneira. A amizade é um valor imensurável. Considerava na altura um investimento, e ainda assim penso. Sem cotação na bolsa, de tão insignificante valor material, mas de tão elevado retorno.
Dedico este escrito a todos os amigos. Àqueles com quem brindo os sucessos, e com quem choro as mágoas, àqueles que ao longo da vida se têm revelado, no trabalho, e no lazer. A todos os que passaram pelo crivo do companheirismo, e ganharam a chancela da amizade fraterna. Enfim a todos que os que se revêem na luz que ilumina os trabalhos de quem tem um coração bom.
E claro, fica a minha gratidão pela vossa amizade!

Ter um amigo, é ter um farol,
Sempre presente, no temporal e na bonança…
luz que indica, incansável, com cadência certa, qual o caminho,
nos agitados mares da esperança…
Ter um amigo, é ter um farol,
forte foco luminoso, que se estende,
rasgando o infinito da alma que por mim navega,
que me envolve num abraço,
apontando, subtil, meigo, com carinho…
a rota que esta alma não entende!
Ter um amigo, é ter um farol,
Que nunca se nega…
Na escuridão, me estende o braço,
e de dia, imponente,
diz: Presente!
Jaime

domingo, 6 de dezembro de 2009

Limpar Portugal




O dia 20 de Março está bloqueado na minha agenda! É uma iniciativa interessante, e que depende apenas de um pequeno esforço de cada um de nós, para se tornar num sucesso enorme. Quero fazer parte desse sucesso, e por isso já me inscrevi. A minha Pickup, e respectiva tripulação está disponível para participar.
Vamos a isto:


De que está á espera para "alinhar" também?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Para relaxar, e talvez rir um pouco...

Aprecio aqueles que com uma execução técnica de grande nível, conseguem dirvertir os outros, divertindo-se também. Vale a pena ver!
É nestas alturas que eu tenho pena de não ter aprendido a tocar nenhum instrumento em condições. Dizem que a tropa é uma escola, mas ser Clarim valeu-me de pouco. Eh Eh Eh!
Passei ao lado de uma grande carreira!
Divirtam-se!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Afinal o Pai Natal existe mesmo! Eu encontrei-o!


Afinal, o Pai Natal existe mesmo! Eu encontrei-o!!!
È verdade, e foi uma oportunidade única de esclarecer algumas coisas, e mesmo de lhe formular alguns desejos! Mas foi também um momento cheio de surpresas, que passo a citar: Por exemplo, essa história de que o Pai Natal vem da Lapónia, num trenó puxado por renas, é tudo mentira! Desculpem se desapontei alguém, mas eu próprio fiquei em estado de choque! O velhote Pai Natal vem mas é da China, e vem num contentor de um navio! Faz-se acompanhar de vários clones, pois parece que os Chineses já descobriram essa técnica de se replicarem há bastantes séculos…
E neve por aqueles lados também é mentira, é mais “smog” e CO2, como convém a um país que recusa assumir a reduzir o nível das suas emissões de carbono com carácter vinculativo a partir de 2010, no âmbito da Cimeira de Copenhaga, como era pretendido pela UE. A China é hoje o principal emissor de gases CO2, a seguir aos EUA.
Mas isso de nada afecta o nosso amigo e mítico Pai Natal, agora que esta verdade da sua proveniência foi revelada. Aliás, nos tempos modernos que correm, ele nem tem que carregar muitas prendas, pois no mesmo navio porta contentores onde ele e os seus clones viajaram, aproveitaram o espaço para o atulhar com bastantes presentes, daqueles baratuchos, que enchem o olho e duram dois dias… mas o que conta é a intenção… qual CO2, qual exploração de mão de obra infantil, qual desrespeito permanente pelos direitos Humanos… Conta mesmo é a intenção, e por isso não pode passar os 5€… já todos ouvimos isto, não é?!? Eu próprio já o tenho dito… Claro que antes de saber a verdade do Pai Natal.
E com tudo isto, já estamos com os olhos em bico e o desemprego a atingir os 2 dígitos…
Bastou-me um pequeno passeio a pé por Condeixa para ter estas revelações. Senti-me um verdadeiro Dan Brown dos mistérios natalícios, mas sem romance, e envolvido até á medula neste consumismo desenfreado que dá vida ao Pai Natal. Vou passar a estar mais atento á proveniência das minhas compras. Desafio todos a fazer o mesmo.
Quanto aos desejos, que deixei, os mesmos que todos fazemos, mais palavra menos palavra:
Que a paz reine sobre a Terra!
Que o amor reine entre os Homens!
Que a alegria permaneça nos corações!
Oxalá.