sábado, 12 de dezembro de 2009

O olhar da alma...


Repara na água que corre num rio de montanha:
Galga pedras, cai em cascatas, serpenteia em curvas aguçadas.
Ainda assim, continua cristalina e límpida!
Tal como a alma de quem não se deixa turvar por protagonismos imorais,
ou ganância desmedida.
Essa água, que permite ver bem o fundo em que pousa, revela-se por si mesma,
Na serenidade da experiência vivida…
Experiência de esforços, obstáculos vencidos, quedas, turbilhões e lutas!
Ainda assim, permanece a serenidade…
Também assim é a alma de quem vive orientado por valores intemporais,
Nesta viagem que só tem ida…
São exemplo a integridade, seriedade, justiça, solidariedade, lealdade, fraternidade…
Omitindo sequelas das lutas travadas e ataques sofridos, nestas labutas,
Permanecem firmes…
Revelando no olhar cristalino de uma vida sofrida,
A serenidade de uma alma limpa!
É bom conhecer estas almas. Saber ler o olhar.
Peço a Deus que me ajude a distinguir pela profundidade desse olhar,
a diferença entre águas tranquilas, ribeiras agitadas, charcos, ou sarjetas!
Conheço de tudo!
Sei para onde me empurraram, sei onde tenho de me molhar…
Mas sobretudo sei: em que águas me quero banhar!
E tu? Que sabes?

Jaime

2 comentários:

  1. Já falámos sobre a força de um olhar...
    Um olhar de alguém importante para nós é o suficiente para nos deixar em extase ou em profunda tristeza!
    Diz-se que um gesto vale por mil palavras, concordo, mas um olhar profundo, atento consegue ver o fundo da nossa alma...
    Gostei muito!!!
    Beijo

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  2. Olá Claudia!
    Obrigado pela visita e pelo comentário.
    De facto tens razão: Um olhar profundo,revela-se em duas facetas: Dá-se a conhecer, e consegue conhecer mais fundo que outros menos profundos...
    volta mais vezes!
    Beijinho.

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