terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

É importante votar!

Até quando?
Pois bem, para esta questão não há resposta. Mas posso partir do princípio que será enquanto a nossa consciência colectiva como povo o permitir. E em democracia, temos meios de nos manifestar, de julgar, como por exemplo as próximas legislativas!
Por mais confuso que o panorama político possa parecer, por maiores que sejam as desilusões com que os nossos políticos nos presenteiam diariamente, é importante votar! Por uma questão de cidadania, porque é importante preservar esse bem precioso que é a Liberdade. Votar é uma forma de manifestar vontade: vontade do que se quer, ou do que não se quer.
Eu explico:
Podemos votar no Partido Socialista, e dar continuidade a um governo autista, cujas políticas destrutivas de sistemas que representaram grandes conquistas para os mais desfavorecidos, estão seriamente ameaçados... educação, saúde para enumerar alguns, políticas que a continuar, comprometem o nosso futuro.
Podemos votar no Partido Social Democrata, um partido decapitado de liderança, sem rumo nem políticas concretas ou sérias em função da conjuntura actual, um partido que pratica uma oposição vazia de conteúdo, ser do contra porque sim. Um partido cuja organização interna se apresenta nebulosa, e que a governar, seria um reflexo dessa neblina. Não é disso que o País precisa.
Podemos votar no Partido Comunista Português, partido que sem grandes alaridos se tem mantido igual a si próprio: Autoritário, fechado nas suas ideias obsoletas e descontextualizadas do momento actual.
Podemos votar no Centro Democrático Social, pelo sorriso branqueado do Paulo Portas, ou para continuar a ouvir os seus discursos, que têm tanto de eloquência como de demagogia... mas para isso não precisamos de o ter no governo! Ele saberá chamar a si as televisões por esses mercados fora, e é mais seguro para nós assim...
Ou podemos votar no Bloco de Esquerda. Claro que não gostaria de ser governado por um partido que de facto revela imaginação, mas onde também abunda a demagogia. Apesar de que se mostra preocupado com as políticas ostracizantes do governo e tem sabido ouvir, e estar próximo das populações, apresentando propostas, algumas até simpáticas.
Cabe agora aqui o conceito de voto na oposição!
Ou seja: Para governar o País, não acredito em nenhum dos partidos que agora abordei, pelas razões que sumariamente enunciei, e também porque os partidos, na sua maioria, estão esventrados de ideologia, limitando-se a seguir um líder. Líder esse, em quem também não acredito! Em nenhum caso.
Mas como oposição, qualquer um pode servir, se o objectivo for travar a escalada de governação autista do PS, embora a oposição sistemática do "bota abaixo" não seja exactamente o que o País precisa.
Ora, o sentido de voto depende então do que se quer: votar num qualquer partido com a vontade expressa que esse partido nos governe, ou votar num outro com o obejctivo de legitimar uma oposição forte, e que se pretende séria.
É neste sentido que nas próximas legislativas irá o meu voto: é necessário tirar ao PS a maioria absoluta, que se tem revelado o caminho para uma governação autocrática, insensível ás verdadeiras necessidades do povo. Uma governação para as estatísticas que decoram gabinetes em Bruxelas, uma governação perto das instituições e divorciada do povo! Tal como anteriores maiorias absolutas.
É importante quebrar este estilo de governação. E isso consegue-se não cedendo a qualquer partido político uma maioria absoluta. Obrigará a acertos, convergências e a uma governação mais ponderada e equilibrada, quiçá pondo termo á arrogância política que tem proliferado nos últimos anos!
É por isso importante votar, seja qual for o sentido de voto.
Por mim, partilho o meu, nas próximas legislativas, na procura que Portugal "ande para a frente": Não poderei a voltar a votar PS! Por princípio não votarei PCP., mas o meu voto continuará na esquerda, que entendo democrática!
E o seu?

2 comentários:

  1. O meu voltará a ser no PS e sem qualquer dúvida. Por romantismo, como costumava dizer, já votei como tu irás votar. É que, se falamos em arrogância, bota arrogância nisso. Estou cansada da inconsequência sistemática do posicionamento deles, aliás, de toda a oposição. Prefiro quem faça e faça com determinação e coragem. Com erros também, naturalmente, coisa que, para além de ser bem humana, só acontece a quem ousa.

    Um beijão grande da tua mana bruxa.

    ResponderEliminar
  2. é... esta é sempre uma grande questão. Em quem votar quando as opções são igualmente ruins. Tenho uma visão muito severa do sistema político actual. Digo repetidamente a todos a quem falo neste tema: a reeleição é o cancro da democracia. Um dia explico a minha teoria sobre esta questão. Assim e por uma razão de coerência com esse sentido, sou sempre oposição, seja qual for a situação. Só a alternacia no poder poderá nos livrar da cultura do clientelismo, da pseudo-autocracia, da arrogância, da pretensão exacerbada e outros inúmeros trejeitos que o poder teima em fazer florecer na vaidade dos homens.
    Um grande e saudoso abraço meio brasuca, meio luso, mas com cheirinho de eugenol e com um açaime novinho a espreita!!!

    ResponderEliminar