domingo, 18 de outubro de 2009

E tenho saudades, muitas saudades, de uma carícia.



Presumo que os meus leitores esperavam ansiosos por notícias desta minha relação com os gatinhos… A coisa não está fácil! Mais adiante perceberão porquê.
Desde o meu ultimo escrito, que tanta coisa aconteceu. Tantos temas que aqui poderiam ser desenvolvidos: a atribuição do Nobel da paz, os resultados das autárquicas, os contactos de Sócrates com os líderes dos outros partidos com assento parlamentar, isto para mencionar apenas alguns.
E eu preocupado, e a escrever sobre a minha relação com gatinhos?!?
Não me parece bem!
Por outro lado, este blogue pretende assumir-se como um espaço de reflexão, de discussão e a a história dos gatinhos pode, por analogia, levar a isso mesmo, para quem ande mais atento, ou sinta na pele o que é ser alienado. Por outro lado, a questão dos gatinhos é demasiado pessoal, mas por outro lado ainda, o Blogue também é meu, portanto uma questão pessoal em algo que é meu… já bate certo.
Vamos continuar com os gatinhos:
Um deles, feriu-me profundamente! O Amarelinho. Dá-me ideia que foi o primeiro a nascer. É ligeiramente mais corpulento. Dando sinais de aproximação diante de vários amigos, quando mais tarde tentei chegar-lhe, veio ao de cima aquele tal instinto, ou personalidade distorcida, tipo: alguém que se compromete com uma coisa, por exemplo no tribunal diante de um Juiz, e logo após actua de forma oposta em total contradição com o seu compromisso. Atenção, nada de confusões, que os meus gatinhos não estiveram em tribunal! Eu nunca lhes faria isso! Além disso, confesso que não sei bem como os tribunais lidam com estas coisas dos animais… com as questões dos afectos…
Zás! Assim de repente, apanhando-me desprevenido, e cá estou eu com mais uma arranhadela! Não contava com esta, depois dos avanços prometidos… Ando mesmo iludido!
Uma daquelas desferidas com uma precisão cirúrgica, de unha fininha e afiada, daquelas que não deita sangue, mas deixa cicatriz discreta que quase não se vê mas que arde bem fundo, daquelas que a roupa tapa, e uma cara alegre disfarça, mas a alma sofre… Chegou a assustar-me pelo jeito com que me olhou, literalmente a “tirar-me as medidas”, numa das suas investidas. Ainda não percebeu que é apenas um gatinho, orgulhoso, narcisista e egocêntrico, mas apenas um gatinho…
Desta vez, não fiz referência á mãe, não por esquecimento, claro, mas simplesmente porque ela está sempre presente, dando a sua anuência a estas investidas, certamente orgulhosa por ver pelo menos esta sua cria, a transfigurar-se num verdadeiro gato selvagem. Aliás, no futuro não farei mais nenhuma referência á mãe: Já todos percebemos claramente qual o seu papel!
Gosto deles como eles são. E tenho saudades, muitas saudades, de uma carícia.
Continuo a alimentá-los.

Para a próxima vamos dar umas tréguas aos gatinhos!
Alguém se quer adiantar e adivinhar qual a relação entre “Porcos e política”?
Vai ser o próximo tema!

2 comentários:

  1. Gostei de ler e gosto imenso de gatinhos. Tenho um lindo. Quanto ao próximo tema, Bordalo Pinheiro tem um cartoon óptimo...

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