Já faz algum tempo que não dou notícias dos gatinhos…
De certeza que já houve alguém que se interrogou sobre o assunto. Está na altura de o retomar, até porque as arranhadelas que tinha por garantidas, nem se concretizaram tanto como esperava… Estava-me reservada uma surpresa, que inviabiliza, ao fim ao cabo, qualquer continuidade com analogias que tinha por intenção apresentar: É que afinal os gatinhos que eu andava a procurar conquistar, são gatinhas!!! E a mãe, que as instigava a hostilizar-me, de repente virou-se também a elas!!! Agride-as, rosna-lhes, sempre que elas, as pequenitas, se aproximam para comer da taça da comida que continuo a dar-lhes, ou pura e simplesmente se passam por perto. Houve uma inversão de papéis: Ou seja, passei a ser eu agora o protector, sentem segurança para comer descansadas, enquanto estou por perto, já que a mãe não se aproxima! A Branquinha, que apesar de tudo sempre foi menos agressiva, está agora uma gatinha dócil, que entra pela casa, e se deixa apanhar enroscando-se no meu colo, ronronando descontraidamente. Talvez por isso, por dividir afectos, já levou uma arranhadela bem grande no focinho. A cicatriz ainda é visível. A amarelinha, continua mais “arisca” e insiste em não se deixar agarrar, embora já se deixe tocar, e até acariciar, ainda que sempre revelando alguma tensão e desconfiança. A cicatriz não é visível, mas é perceptível um comportamento condicionado.
Dá que pensar: Afinal, o tal instinto materno que ensinou aquelas gatinhas a fugirem de mim, agora revirou completamente, maltratando-as e passando eu a ser a sua protecção… Ora as voltas que a vida dá... será isto um sinal? Será que a irracionalidade animalesca reflectida nesta história, transposta para humanos, quando se acabar o interesse que os move, um dia os levará também a hostilizar os seus filhos? E a agredi-los perante a genuina partilha de afectos, que afinal todos precisamos? E será que os filhos, estarão suficientemente livres de preconceitos, terão maturidade afectiva e mente aberta para olhar a quem foram ensinados a odiar, como seu aliado, sua protecção, tal como acabou por fazer a gatinha Branquinha…?
Ou será que os filhos, vítimas de uma pressão continuada, alimentada por uma escola de ódio e de mentira, serão sempre incapazes de normalizar a relação com quem sempre procurou o seu afecto, tal como parece fazer a gatinha Amarelinha…?
Não sei. A vida trará as respostas. Certamente este assunto não se esgota por aqui, e pode perfeitamente servir de mote para uns quantos trabalhos de alunos de psicologia, que queiram aprofundar estes flagelos da alienação… E histórias de gatinhos há por aí muitas , e Pais alienados muitas mais ainda. Mais do que se possa imaginar, pois muitos escolhem o silêncio por companhia do seu sofrimento!
Para já deixo algumas fotos. Digamos que são documentos de prova daquilo que escrevo. Não porque tenha de o provar, mas há momentos em que fica bem apresentar prova, e ao que parece nem toda a gente se preocupa como eu…
Enfim! Vamos adiante. A minha face não está oculta!
Está encerrado o ciclo dos gatinhos! Digo, das gatinhas!
De certeza que já houve alguém que se interrogou sobre o assunto. Está na altura de o retomar, até porque as arranhadelas que tinha por garantidas, nem se concretizaram tanto como esperava… Estava-me reservada uma surpresa, que inviabiliza, ao fim ao cabo, qualquer continuidade com analogias que tinha por intenção apresentar: É que afinal os gatinhos que eu andava a procurar conquistar, são gatinhas!!! E a mãe, que as instigava a hostilizar-me, de repente virou-se também a elas!!! Agride-as, rosna-lhes, sempre que elas, as pequenitas, se aproximam para comer da taça da comida que continuo a dar-lhes, ou pura e simplesmente se passam por perto. Houve uma inversão de papéis: Ou seja, passei a ser eu agora o protector, sentem segurança para comer descansadas, enquanto estou por perto, já que a mãe não se aproxima! A Branquinha, que apesar de tudo sempre foi menos agressiva, está agora uma gatinha dócil, que entra pela casa, e se deixa apanhar enroscando-se no meu colo, ronronando descontraidamente. Talvez por isso, por dividir afectos, já levou uma arranhadela bem grande no focinho. A cicatriz ainda é visível. A amarelinha, continua mais “arisca” e insiste em não se deixar agarrar, embora já se deixe tocar, e até acariciar, ainda que sempre revelando alguma tensão e desconfiança. A cicatriz não é visível, mas é perceptível um comportamento condicionado.
Dá que pensar: Afinal, o tal instinto materno que ensinou aquelas gatinhas a fugirem de mim, agora revirou completamente, maltratando-as e passando eu a ser a sua protecção… Ora as voltas que a vida dá... será isto um sinal? Será que a irracionalidade animalesca reflectida nesta história, transposta para humanos, quando se acabar o interesse que os move, um dia os levará também a hostilizar os seus filhos? E a agredi-los perante a genuina partilha de afectos, que afinal todos precisamos? E será que os filhos, estarão suficientemente livres de preconceitos, terão maturidade afectiva e mente aberta para olhar a quem foram ensinados a odiar, como seu aliado, sua protecção, tal como acabou por fazer a gatinha Branquinha…?
Ou será que os filhos, vítimas de uma pressão continuada, alimentada por uma escola de ódio e de mentira, serão sempre incapazes de normalizar a relação com quem sempre procurou o seu afecto, tal como parece fazer a gatinha Amarelinha…?
Não sei. A vida trará as respostas. Certamente este assunto não se esgota por aqui, e pode perfeitamente servir de mote para uns quantos trabalhos de alunos de psicologia, que queiram aprofundar estes flagelos da alienação… E histórias de gatinhos há por aí muitas , e Pais alienados muitas mais ainda. Mais do que se possa imaginar, pois muitos escolhem o silêncio por companhia do seu sofrimento!
Para já deixo algumas fotos. Digamos que são documentos de prova daquilo que escrevo. Não porque tenha de o provar, mas há momentos em que fica bem apresentar prova, e ao que parece nem toda a gente se preocupa como eu…
Enfim! Vamos adiante. A minha face não está oculta!
Está encerrado o ciclo dos gatinhos! Digo, das gatinhas!
Jaime Martins
ResponderEliminarGostei de ter estado aqui. Respira-se sensibilidade...
Leonor