domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os professores e o futuro

Imagem tirada da net
O futuro de um povo, de uma cultura, fica seriamente hipotecado, se não for salvaguardada uma educação eficaz.
É com base nesta minha percepção, que vejo o futuro com preocupação. A educação dos nossos jovens não está a ser salvaguardada! Os jovens hoje são meros números para que os nossos governantes, em verdadeiras masturbações verborreicas, façam crer em Bruxelas que os nossos êxitos educativos se somam dia após dia! Nada mais errado, nada mais falso! Basta apenas estar atento ao que se passa nas escolas, à formação, e educação que é dada hoje aos nossos jovens!Basta estar atento aos nossos adolescentes.
E serão responsáveis os professores? Também acho que não. Excluindo as excepções que confirmam a regra, os professores trabalham com dedicação e afinco. O problema é que têm vindo a ser transformados em burocratas, fazedores de tabelas, grelhas e mais modelos, com combinações de números e quantificações grosseiras, fazendo de alunos burros “crianças com deficit de aprendizagem”, de alunos grosseiros e mal criados “crianças hiperactivas”. Tudo isto e muito mais burocracia em detrimento daquilo que realmente deveriam fazer: ensinar, difundir cultura, propagar igualdade de oportunidades a todos quantos realmente queiram agarrar essa oportunidade!
Todos nós em determinada fase no nosso percurso escolar fomos marcados por um ou outro professor. É deste papel que os professores não se devem demitir, ou melhor não permitir que os demitam. Os professores não são sonâmbulos, nem dormem demais, pelo que conheço dos que com paixão exercem a sua profissão, passam noites sem dormir afogados nas burocracias, e problemas que não conseguem resolver.
Termino comparando o professor a um artesão que molda o barro. Das suas mãos hábeis, nascem as peças que terão cada uma a sua utilidade, moldado o barro na hora própria, e com o grau de humidade adequado. Ponham o artesão a preencher papelada, a ter que comprar a matéria-prima, facturar, atender o telefone e enviar uns mails… que o barro coze antes de ser moldado… e será tarde demais… Nem as estatísticas de Bruxelas nos salvam.
Ou será que tudo isto faz parte de algum plano para moldar consciências?!? Algum plano para formar uma nova "elite"?!? Com tantos planos que por aí andam... não se sabe, como aliás, muita coisa nunca se saberá!
Não sou professor. Tenho bem presente todos os que me marcaram.

4 comentários:

  1. A minha experiência como professor, ainda é curta, enquanto que a minha experiência como aluno já é um pouco vasta, por isso penso que posso dizer existe culpa em vários lados.

    Os pais descartam a educação dos filhos para a escola, enquanto que a escola espera que o alunos já venham com alguma educação de casa, caso contrário torna-se impossível dar aulas...

    Assisto a cada barbaridade nas salas de aula, que só penso "Se fosse eu a fazer isto, se chegasse aos ouvidos do meu pai, eu ficava feito num oito", enquanto que as crianças de hoje em dia não se ralam com NADA, pois os próprios pais também não.

    O estado tem culpa? Tem, não da educação (educação, entenda-se saber comportar, etc etc) que deveria ser dada em casa, mas a maneira como este governo tem tentado tapar os olhos aos Portugueses e a Bruxelas com certas medidas aplicadas, são de louvar os Céus!

    Quando olho para pessoas com o 9º ano de escolaridade e que entram na Universidade só porque escreveram uma "auto-biografia", dá-me uma vontade de rir e chorar ao mesmo tempo... Isto é pura e simplesmente para aumentar as estatísticas...
    Se sou a favor do RVCC? Sim, sou. Se sou a favor de depois se poderem candidatar ao Ensino Superior sem qualquer tipo de estudo antes disso? Claro que não!

    E em relação aos professores, como disse e bem, há professores que nos marcam, penso que esses podem marcar pela positiva e pela negativa. Já tive professores muito bons, em que dava vontade de ir às aulas, enquanto que há outros que nem se ralam. Chegam à sala, ESCREVEM o que têm para dar e nem dúvidas sabem tirar...

    Como disse, há de tudo e a culpa é um pouco de cada lado. E sim, assusto-me ao pensar no nosso futuro. Espero para ver...

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  2. Olá Tiago!
    Estamos de acordo!
    Já agora, lê o meu post em: http://jaime-martins.blogspot.com/2010/01/como-eu-gostava-de-ser-optimista.html
    A minha ironia no post "Novas oportunidades", está também em linha com este pensamento.
    Abraço, e obrigado pela visita, ou melhor, pela assiduidade!

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  3. Pois, tendo lido esse post, acabo por reparar que temos a mesma opinião.
    Tenho que admitir que não sou uma pessoa muito politica, o meu pai é bastante mais que eu e às vezes falamos um pouco sobre isso, mas em relação a este tópico, como é algo que se refere ao meu dia-a-dia (visto ser aluno e professor), não pude deixar de sentir "na pele" estas polítiquices...
    Mas sem dúvida que essas "Novas oportunidades" me transmite um sabor agridoce...

    E não precisa de agradecer, gosto bastante de ler e comentar este blog. Bons temas. Continue ;)

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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