quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Caro Mário Crespo
Mário:
Sei que nunca vais ler esta missiva. Mas escrevo na mesma!
Desculpa tratar-te por tu, a ideia é quebrar o gelo, e como sofro da mesma demência que tu, ficamos mais em família. Aliás, grande família a nossa se olharmos os nossos outros primos tios, sobrinhos, uns quantos milhares que este sistema filho da mãe anda a tramar. Sim, porque é o sistema, oh Mário! Tu andas por aí, com palhaçadas e a pedir á malta para puxar da imaginação, e a apontar o dedo a pessoas.
Isso não se faz, Mário. Ofendes as pessoas, sem necessidade. Já devias ter maturidade suficiente, e preparação jornalística também suficiente, para saber que o problema é do sistema… do sistema, Mário… Vê se metes isso na cabeça!!!
Olha, pela parte que me toca, eu já meti isso na cabeça! Sou mais demente que tu!
Mas tu continuas a mandar uns bitaites incómodos para as pessoas… Pessoas poderosas, por enquanto poderosas, menos poderosas hoje do que ontem, é certo, mas ainda assim muito poderosas…
Um destes dias, lixas-te!
Hás-de queres escrever, e não tens onde!
Olha: Não te preocupes com isso. Tens aqui um blogue aberto, e sempre á disposição. Presunto, um naco de broa e um copo de vinho também se arranja!
Agora, faz-me um favor:
Não pares! E continua a dar alento a outros dementes como eu, que continuamos a acreditar na verdade!
Não pares Mário, enquanto houver uma réstia de esperança para este País.
É uma questão de tempo. O sistema entrará em autofagia, e engolirá aqueles que tu incomodas, aqueles a quem a verdade incomoda!
Já sabes: Tens aqui um blogue ás ordens!
Nem tens que bater. Entra!
Um abraço,
Jaime
Etiquetas:
Comentário politico,
Reflexão
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Reprodução de email recebido da SIC:
ResponderEliminar"Caro Sr. Jaime Martins,
Agradecemos o facto de nos ter dado conhecimento da sua solidariedade com o jornalista Mário Crespo. Informamos que o seu comentário é do conhecimento dos respectivos responsáveis.
Sobre este caso, a Direcção de Informação da SIC repudia as considerações sobre a idoneidade dos seus profissionais e rejeita todas as formas de pressão e de condicionamento, venham de onde vierem. A Direcção de Informação da SIC manifesta total solidariedade com o jornalista Mário Crespo - um profissional íntegro e respeitado como poucos pelos portugueses, com uma carreira que fala por si e que muito orgulha esta estação.
Sem outro assunto de momento, agradecendo o seu contacto, e colocando-nos à sua inteira disposição para futuros contactos, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,
Bruno Costa
Assistente de Relações Públicas"
Olha lá, mano, será a "carreira que fala por si" que lhe confere o estatuto de ser sectário como é? Admito que sim, mas então devia apresentar-se como comentador e não como jornalista moderador.
ResponderEliminarClaro que não pode nem deve ser silenciado, isso é outra questão, mas não era mau, era até necessário, que clarificasse o seu estatuto.
Ambos aprendemos de pequeninos que não se escutam as conversas de outras pessoas e muito menos se contam, depois, como um disse que disse, e pelo próprio visado nas ditas conversas (que as não ouviu). O jornalista que as ouviu que as divulgasse, o que também não seria bonito.
Tudo muito pouco próprio, muito mesmo...
Ah! A "anónima" sou eu, esqueci-me de assinar.
ResponderEliminargláucia
Olá Mana!
ResponderEliminarMais uma vez obrigado pela visita e pelo comentário.
De facto, é feio escutar conversas... mas há conversas que são mantidas para serem escutadas... todos já ouvimos algo sem fazer por isso. Mas a questão não é essa!, Como também não é a do sectarismo, pois isso também é claro. A questão de fundo aqui é a de se querer fazer silenciar uma voz só porque é divergente! A pluralidade de opinião, o direito á liberdade de expressão é que está a ser posto em causa! A minha opinião vale o que vale, este blogue é lido por meia duzia de visitantes, a quem aproveito para gabar a paciência, mas o Mário Crespo é quer agrade ou não uma figura incontornável do jornalismo nacional. Nem sempre comungo das suas opiniões, nem, os nossos governantes, pelos vistos. A diferença é que eu não tenho a intenção de o calar... ou de calar todos aqueles de quem discordo. Essa é a verdadeira questão!