sábado, 28 de fevereiro de 2009

Politicamente incorrecto

Hoje decidi "regar" o meu Blogue!
Começa a época em que cada manhã nos presenteia com um festival de cor. Como os amigos, os tais para quem este Blogue é dedicado, são quem verdadeiramente dá cor á nossa vida, cá vai uma nova fotografia, novas palavras, mas sempre o mesmo sentimento.
A política, e o comentário político, não são definitivamente o meu forte. Para se ser forte nesta matéria, é necessário um grande poder de encaixe, e de "jogo de cintura" que definitivamente não tenho. Mas quer queiramos quer não, a politica está sempre presente nas nossas vidas: o "politicamente correcto", é um chavão, que sempre nos persegue: quantas vezes ficam por dizer palavras adequadas a determinada situação, ou mesmo atitudes que ficam por tomar, porque não são politicamente correctas! A tendência é acomodarmo-nos... que na minha perspectiva é "politicamente incorrecto"!!!
É bom que haja vozes contrárias! É bom que haja opiniões diferentes, ainda que para alguns tudo o que seja diferença represente ameaça ao comodismo instalado, e tão proveitoso para os poderes também instalados...
E venham essas vozes de onde vierem, serão sempre objecto de ataque, de insulto mesquinho.
Sejam políticos sérios, porque também os há, sejam políticos poetas, sejam anónimos leitores ou anónimos comentadores deste Blogue, Venham de que quadrantes vierem, há uma coisa em que gostaria que a mim se juntassem: O direito de ter opinião! Seja certa ou errada, convicta ou maleável, a opinião e a liberdade de a expressar, é um direito que por enquanto vamos tendo e que por mim, não gostaria de abrir mão! Ainda que me chamem lírico, sonhador, ou Poeta... em sentido pejorativo...
Não quero, nem tenho que provar nada a ninguém. Apenas tenho um dever de cidadania para com o meu País e com a minha consciência.
Mas vou dar uma pausa á política! Também não me merece que perca muito mais tempo… vou retomar o tema lá para mais perto das eleições. Descansem pois até lá os que me consideram herege…
Voltarei breve para regar este meu blogue, partilhando algumas perspectivas mais íntimas mais poéticas, mais coloridas!

Até breve!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Aqui até as pedras me falam

Faz hoje nove anos que o meu Pai partiu para o "Oriente Eterno".
Nove anos em que a Sua memória continua bem viva no meu coração.
Com a mágua que me acompanha por alguns haver, que tendo o seu Pai bem vivo, insistem em apagá-lo de suas memórias, decidi partilhar um pequeno escrito que no dia 5 de Outubro de 2000 fiz em memória do meu Pai, na Serra com o nome da aldeia onde nasceu: Leomil.
E continua bem actual!

"Aqui até as pedras me falam"

Aqui até as pedras me falam!
Pelo silêncio de ideias soltas,
que te fazem presença constante.
Sei bem que já não voltas,
é uma presença distante...
Fica a saudade do conselho amigo,
que as pedras não me falam,
saudade de estar contigo...
sussurro que as lágrimas não calam!
E do sorriso, da piada oportuna,
da tua expressão contente...
Deixaste-me esta fortuna:
A tua presença constante,
distante...
mas sempre, sempre presente!

Jaime

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Todo o Terreno




Pois foi! Até o tempo ajudou, sem a chuva que tanto tem caído, e permitiu um belo Sábado bem passado por esses trilhos do Pinhal do Rei.
Foi bom, porque o contacto com a natureza é sempre um privilégio; foi bom porque ter os amigos por perto é também um privilégio.
Por trilhos mais ou menos descontraídos, com subidas mais ou menos difíceis, com maior ou menor recurso á técnica, mas com um forte espírito de equipe, lá fomos passando pelos vários tipos de terreno que nos surgiram, inclusive uns lençois de água mais fundos do que o esperado... que o digam alguns! E que o diga eu, que dei por mim pedurado na frente do "anfíbio" , á procura do cabo para engatar o guincho... e fico-me por aqui no relato deste episódio em particular, que é para não embaraçar ninguém. Faz parte do programa.
Não pode nunca faltar nestes encontros uma boa gastronomia, e também por aí a coisa não correu mal: uma boa recepção nas Paredes, e uma boa despedida no Pedrógão! Fica seguramente a expectativa do próximo encontro, talvez lá para a Beira interior, um destes dias!
Como sempre, procuro em cada momento estabelecer analogias. E este dia não foi excepção. Dei comigo a a pensar nos momentos conturbados que vivemos hoje, em que se torna absolutamente necessário ter características "Todo o Terreno":
Meios adequados. Recursos extra para enfrentar as adversidades que nos vão surgindo. Conhecimento dos terrenos em que nos movemos. Calculo das probabilidades. Determinação perante o desconhecido. Equacionar alternativas. Suporte necessário se algo corre de forma inesperada. Apoio de uma mão amiga. E muita partilha!!!
E se a tudo isto se juntar a boa disposição...~
Obrigado amigos, por mais um dia bem passado! Voltem sempre, A casa está ás ordens!



terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

É importante votar!

Até quando?
Pois bem, para esta questão não há resposta. Mas posso partir do princípio que será enquanto a nossa consciência colectiva como povo o permitir. E em democracia, temos meios de nos manifestar, de julgar, como por exemplo as próximas legislativas!
Por mais confuso que o panorama político possa parecer, por maiores que sejam as desilusões com que os nossos políticos nos presenteiam diariamente, é importante votar! Por uma questão de cidadania, porque é importante preservar esse bem precioso que é a Liberdade. Votar é uma forma de manifestar vontade: vontade do que se quer, ou do que não se quer.
Eu explico:
Podemos votar no Partido Socialista, e dar continuidade a um governo autista, cujas políticas destrutivas de sistemas que representaram grandes conquistas para os mais desfavorecidos, estão seriamente ameaçados... educação, saúde para enumerar alguns, políticas que a continuar, comprometem o nosso futuro.
Podemos votar no Partido Social Democrata, um partido decapitado de liderança, sem rumo nem políticas concretas ou sérias em função da conjuntura actual, um partido que pratica uma oposição vazia de conteúdo, ser do contra porque sim. Um partido cuja organização interna se apresenta nebulosa, e que a governar, seria um reflexo dessa neblina. Não é disso que o País precisa.
Podemos votar no Partido Comunista Português, partido que sem grandes alaridos se tem mantido igual a si próprio: Autoritário, fechado nas suas ideias obsoletas e descontextualizadas do momento actual.
Podemos votar no Centro Democrático Social, pelo sorriso branqueado do Paulo Portas, ou para continuar a ouvir os seus discursos, que têm tanto de eloquência como de demagogia... mas para isso não precisamos de o ter no governo! Ele saberá chamar a si as televisões por esses mercados fora, e é mais seguro para nós assim...
Ou podemos votar no Bloco de Esquerda. Claro que não gostaria de ser governado por um partido que de facto revela imaginação, mas onde também abunda a demagogia. Apesar de que se mostra preocupado com as políticas ostracizantes do governo e tem sabido ouvir, e estar próximo das populações, apresentando propostas, algumas até simpáticas.
Cabe agora aqui o conceito de voto na oposição!
Ou seja: Para governar o País, não acredito em nenhum dos partidos que agora abordei, pelas razões que sumariamente enunciei, e também porque os partidos, na sua maioria, estão esventrados de ideologia, limitando-se a seguir um líder. Líder esse, em quem também não acredito! Em nenhum caso.
Mas como oposição, qualquer um pode servir, se o objectivo for travar a escalada de governação autista do PS, embora a oposição sistemática do "bota abaixo" não seja exactamente o que o País precisa.
Ora, o sentido de voto depende então do que se quer: votar num qualquer partido com a vontade expressa que esse partido nos governe, ou votar num outro com o obejctivo de legitimar uma oposição forte, e que se pretende séria.
É neste sentido que nas próximas legislativas irá o meu voto: é necessário tirar ao PS a maioria absoluta, que se tem revelado o caminho para uma governação autocrática, insensível ás verdadeiras necessidades do povo. Uma governação para as estatísticas que decoram gabinetes em Bruxelas, uma governação perto das instituições e divorciada do povo! Tal como anteriores maiorias absolutas.
É importante quebrar este estilo de governação. E isso consegue-se não cedendo a qualquer partido político uma maioria absoluta. Obrigará a acertos, convergências e a uma governação mais ponderada e equilibrada, quiçá pondo termo á arrogância política que tem proliferado nos últimos anos!
É por isso importante votar, seja qual for o sentido de voto.
Por mim, partilho o meu, nas próximas legislativas, na procura que Portugal "ande para a frente": Não poderei a voltar a votar PS! Por princípio não votarei PCP., mas o meu voto continuará na esquerda, que entendo democrática!
E o seu?