sábado, 19 de março de 2011

Dia do Pai… Diferente.

Dia do Pai… Diferente.


Chamemos-lhe vigília, encontro, sensibilização, o que quiserem. Foram muitos os que responderam presente, e hoje compareceram no Largo de Santana em Leiria.
Pais, que desde há muito passam um dia do Pai diferente, afastados dos seus filhos, privados do exercício de paternidade em pleno. Familiares e amigos, que quiseram manifestar a sua solidariedade, juntaram vozes numa acção inédita em Leiria. Não foi um protesto, mas um grito de dor daqueles que se vêm amputados do amor dos seus filhos, netos, sobrinhos, afilhados, etc.
Cada um com um problema diferente, com contornos específicos, mas com um denominador comum: Todos temos “Filhos órfãos de Pais vivos” .
Sabemos que somos a voz de muitos que não se quiseram juntar por receio das represálias que isso poderia trazer. Sabemos também que outros já desistiram, não do amor que sentem pelos filhos, mas baixaram os braços para evitar a exposição das crianças aos procedimentos judiciais infindáveis.
Ficou um apelo à sensibilização de todos os profissionais envolvidos nestas matérias de regulação do poder paternal, para o flagelo que constitui o “Síndrome de Alienação Parental” .
E por fim… Irónico… fui pai pela primeira vez no dia 19 de Março de 1990. Dia duplamente festivo, pensei eu, longe de imaginar que passados 11 anos passaria a ser um dia duplamente sofrido. Aqui ficam os parabéns a quem tem neste dia um dia festivo. E que a sabedoria que os anos sedimentam, possa um dia trazer à tona a verdade. Porque a verdade é libertadora, e não há outra forma de chegar à paz. Parabéns, meu filho, onde quer que estejas!

6 comentários:

  1. Emocionante Jaime. Força! Não desistir, um dia será o dia da verdade .
    Com carinho da amiga Leonor

    ResponderEliminar
  2. Obrigado Leonor, pela visita e pela força.
    Sem dúvida que também os professores são profissionais que lidam com estas crianças, os "nossos" filhos. Todos tivemos um professor que por uma ou outra razão nos marcou em determinado momento. Um professor atento, pode ser ser a marca que faz a diferença entre aprender a amar e aprender a odiar.
    Beijinho

    ResponderEliminar
  3. Eu estive lá mais pela dor dos filhos do que pela dor dos pais com a qual tb estou solidaria, claro. Estive lá tb pelo meu amigo Jaime que eu conheço e sei que tem sofrido muito pelo afastamento dos filhos que tanto ama. A M/ avó dizia: A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE ACIMA. que vnha pois, mas já nada retirará nem a ti nem ao teus filhos a consequencias deste afastamento tão contra natura, nem a os tempos perdidos, essa é que é essa ! bjs

    ResponderEliminar
  4. Fatinha:
    Obrigado pelo apoio. Gostei de te ver por lá. O tempo de facto não volta para trás. Jamais poderei ter a experiência de acompanhar os meus filhos crescer como gostaria de ter acompanhado... Mas de facto mais grave do que isso é que os meus filhos cresceram sem referência paterna. Pior: com uma referência adulterada pela mentira e pela calúnia. O os únicos verdadeiramente inocentes são os que mais sofrem. Agora e no futuro. É por isso que acredito que só a verdade libertará. Um dia...
    Beijinho

    ResponderEliminar
  5. Jaime! Tenho pena que sejamos ainda tão poucos...pelo menos os que dão o rosto, que gritam cansados de serem sufocados pela dor da ausência de um ser que nos é tão querido..um FILHO/A!.. Tenho esperança que tudo mude e não seja permitida a alienação parental!...e que esta seja severamente penalizada.

    Um abraço amigo...

    Sérgio Miguel Andrade

    ResponderEliminar
  6. Caro Jaime, como bem sabes eu não pude estar presente pelas razões que já te disse, mas estou solidário com esta causa!
    E ainda acredito que mais cedo ou mais tarde os teus filhos se irão aperceber-se das coisas e voltarás a aproximar-te deles, infelizmente o tempo que já passou não se recupera, há sempre coisas que se perderam e isso deveria de ser evitado pelas leis do nosso país!
    Estou solidário com esta causa, é inadmissivel tal situação!
    Mas mantem-te forte Jaime, não desistas, acredito na mudança, se não das leis, pelo menos da consciência dos filhos...

    Um grande abraço.

    ResponderEliminar