sábado, 25 de dezembro de 2010

O primeiro caso descrito de Alienação Parental



Imagem tirada da net
O Menino Jesus! Vejamos:

Ainda a criança não tinha nascido, e já um dos progenitores, a mãe, neste caso, dizia a meio mundo que a criança não era filha do Pai. Longe da ribalta dos tribunais de hoje, que com os seus sofisticados meios delegam em psicólogos os inquéritos de personalidade e avaliação da capacidade de exercício de poder paternal, testes DNA, etc., a mãe da criança lá foi conseguindo os seus propósitos.
 E o pai, neste caso o progenitor alienado, lá ia tentando fazer ver que há coisas que não acontecem por obra e graça do Espírito Santo, mas em vão! Lá acabou por nascer a criança num lugar sem o mínimo de condições, e que certamente a ASAE hoje encerraria num abrir e fechar de olhos.
O pai tentou educar a criança ensinando-lhe a sua profissão, carpinteiro, mas mais uma vez em vão. O miúdo, sobre a forte influência da mãe, achava que era Rei, e frequentemente fugia de casa para se meter em politiquices e discussão com os doutores da igreja e, para desgosto do pai, andava sempre a chamar pai a outro.
Cresceu irreverente, sempre metido em confusões: pancadaria com vendedores, fugas para o deserto, ressuscitava mortos, curava leprosos e paralíticos, andava por cima das águas, tinha um discurso fluente e eloquente, precursor dos discursos políticos actuais, pois prometeu coisas que 2000 anos depois ainda estão por cumprir… Da sua vida afectiva e amorosa, pouco se sabe. Há umas especulações aqui e ali sobre um possível envolvimento com uma tal Madalena… mas afirmam hoje os estudiosos destes assuntos que apenas se tratou de uma manobra de marketing antecipado, para que hoje a editora do livro “O sangue de Cristo e o Santo Graal” vendessem mais uns quantos exemplares. O Dan Brown também não se queixa…
Mas voltando à época: é claro que com esta vida atribulada e numa altura em que não se falava de direitos humanos, o nosso jovem tinha o destino traçado. Muita gente não gostava dele… e aquelas mensagens de “paz e amor” …”Pão, peixe e vinho para todos”, caíam mal aos olhos de alguns políticos poderosos e abastados da época. Se fosse hoje, teria o seu lugar assegurado na oposição em qualquer parlamento, de países com governos de direita, e mesmo alguns socialistas. (estou-me a lembrar de um à beira mar plantado…) Mas na altura as coisas não funcionavam assim, e trataram de o executar de forma bárbara, e tão mediática que ainda hoje continua a ser notícia. Quanto à eficácia desta execução… já deixa um pouco a desejar… Se fosse hoje, com um advogado mediano e um psiquiatra colaborante, seria considerado inimputável. Ou então arrastava-se o caso e prescreveria… Outros tempos, lá desapareceu aos 33 anos. Tão novo ainda…
Mas que deixou marca, lá isso deixou. Continua a inspirar ódios e paixões, e passados tantos anos, continuamos a celebrar, com um feriado, o seu nascimento e a sua morte… Em seu nome se fazem os mais nobres actos de solidariedade, e se enaltece o valor da vida e do respeito pelo ser humano. Em seu nome se fazem guerras, e se cometem os mais hediondos crimes contra a humanidade… Vamos lá entender isto!
Do pai, progenitor alienado, pouco ou nada se soube mais. Nem se pagou a pensão alimentar, e por quanto tempo. Sim, porque é para isso que os pais alienados servem!
Da mãe, sabe-se que continua a fazer das suas… passados estes anos continua a reclamar a sua virgindade, a aparecer e manipular meninos pequeninos e fragilizados, fazer revelações e obrigar a guardar segredos, a fomentar intrigas… típico do progenitor alienador.
E dos tribunais? E da justiça? Nada!... Pois é… já desde aquela época. Nada de novo!

4 comentários:

  1. Jaime
    Acho o seu texto bué fixe. Um excelente fresco sobre este particular aspecto do social daquela época. Mais uma prova de que já está tudo inventado; agora é só recriar ao gosto de cada um.Um abraço, e... continue que vai longe.
    Pº.

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  2. Caro Jaime,
    Independente de Credos e Religiões, teremos que admitir a fantástica dissertação acerca deste facto histórico da Igreja Católica...da concepção á morte, passando pelo nascimento do Menino Jesus no Natal.
    Só os pobres de espirito, não deixarão de sorrir com este texto de tão bom gosto...
    Um abraço Jaime
    Célio

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  3. Caro Jaime,
    Não resisto a partilhar esta "obra" no meu FB...
    Com a tua permissão, com lincença...
    Cá vai.

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  4. Célio:
    Obrigado por mais esta visita e comentário.
    Estás autorizadíssimo a partilhar!
    Um abraço.

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