segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sabor amargo do barro

Imagem tirada da net

“Todo o ser humano quando nasce é como o barro… maleável. É necessário moldá-lo correctamente enquanto é possível, porque depois… só quebrando!”

Julgo que esta citação é de Freud.
Permitam-me a ousadia de a chamar aqui para ilustrar mais uma vez o que se passa com a Síndrome de Alienação Parental: As crianças são moldadas, apenas pelo progenitor alienador, aproveitando a sua presença dominante, ensinado a odiar, e por muito esforço que o progenitor alienado coloque na conquista da relação, esta vai-se fracturando…
E quem sofre, sempre, são as crianças…
Ao progenitor alienado, resta o conformismo… ou não!
Terá sempre presente o sabor amargo da saudade, das continuadas frustrações de não moldar também o seu próprio barro, e vê-lo quebrar aos poucos.
E o Amor aqui tão perto!

2 comentários:

  1. Caro Jaime, como prometido, aqui deixo o "testamento". Vou fazer os possíveis para que não fique muito extenso.

    Consigo perceber a tua analogia entre uma pessoa e o barro, mas permite-me que discorde. E passo a explicar: Segundo o teu texto, o barro é moldado e depois só quebrando, mas transferindo isso para uma pessoa fica algo incorrecto uma vez que as ideias, modos, pensamentos, etc., alteram-se ao longo de uma vida, ou havendo as condições "óptimas" para essa alteração.
    Existe uma material (não me recordo com exactidão do nome, mas penso que seja Fibra de memória, ou algo semelhante) em que para se moldar, tem que haver umas condições "óptimas"/favoráveis para essa transformação (calor, humidade, etc...) e após isso, sempre que houver uma perturbação na forma do material, ele dobra, não quebra e quando a perturbação deixa de existir, ele volta à forma original. Claro que há, pelo menos, duas maneiras de voltar a alterar a forma do material.
    1 - Voltar a criar as condições "óptimas" para essa alteração (normalmente é a temperatura).
    2 - Com o tempo, o material perde 1 pouco a forma.

    O que eu quero dizer com isto é que se a criança está com 1 dos pais e tem esse pai a fazer-lhe a cabeça e não ouvindo o outro pai (condição "óptima" para haver a alteração) ele vai acabar por tender para o lado do primeiro. Mas claro que se houver a possíbilidade de ele ouvir o segundo (condição "óptima" para uma nova transformação"), ele até poderia mudar de opinião... Ou então com o tempo, a idade trás experiência, a idade faz-nos ponderar. Eu sei que ainda sou jovem, mas sou muito ponderado e sei que hoje em dia vejo as coisas diferentes do que via à 5,10,15 anos atrás. Uma pessoa muda e não precisa quebrar.

    Não me quero alongar mais, o texto já vai longo =)

    Abraço Jaime. Espero que entendas o que quero dizer: A esperança a esperança não morre!

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  2. Tiago:
    Obrigado por mais esta visita e comentário, que interpreto como um incentivo!
    As "condições óptimas" é que são difíceis de proporcionar...
    Mas concordo contigo, apesar de tudo.
    Sim, porque enquanto há vida, há esperança!
    Abraço.

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