José Sócrates, a dada altura do seu percurso político, teve dúvidas existenciais. Sendo de um partido de esquerda, cedo revelou tendências para implementar política de direita, com um egocentrismo encapotado de chauvinismo e um piquinho de repressivo.
Aconselhado a fazer uma “regressão”, técnica de hipnose utilizada para explorar o passado e poder compreender o presente, José Sócrates lá foi numa alucinante viagem até ao ventre materno.
Nada de novo.
Sentiu então a necessidade de retroceder mais ainda, e continuou a sua atribulada viagem até ao escroto paterno. Neste prolongamento da sua viagem regressiva, José Sócrates encontrou o seu primeiro grande problema, aquele que se viria a revelar fatal para o seu desempenho político, fatal para o país e para todos nós: chegado ao escroto paterno, para onde virar? Para o testículo esquerdo, ou para o testículo direito? Pode ser um pormenor sem importância alguma, mas o dia da chegada, o dia da decisão, era um Domingo, daí que o rápido raciocínio de engenheiro precoce se fez de imediato notar: “Vou escolher o da direita! Está mais elevado, tem um ar mais consistente, está mais agarrado!”
Não vou continuar com os raciocínios de José Sócrates na hora da decisão, aliás os terapeutas que supervisionaram esta regressão tentaram suspendê-la de imediato, procurando minorar os danos que pudesse causar ao país… mas infelizmente já tarde de mais. A regressão transformou-se em recessão!
Está explicado porque José Sócrates está tão agarrado ao poder, porque teima em chamar socialistas às políticas de direita e de clientelismo obsceno que implementa e apadrinha e porque apresenta um autoritarismo arrogante.
No transe em que vive, julga-se ainda instalado num testículo, o da direita, evidenciando complexos de superioridade, e achando-se no direito de subjugar tudo e todos, confiante que será ele que um dia vencerá todos os adversários e fecundará o óvulo.
Enquanto não o despertarmos para a realidade, José Sócrates manterá comportamentos espermatozoidicos, vai fecundando este país, vai fecundando os portugueses. Impávido e sereno!
E nós, cá vamos indo, frustridos* com a vida, frustridos* com a nossa classe politica, mas também impávidos e serenos… alimentando os abutres!
É por isso que estou incondicionalmente com a juventude, com aqueles que têm de dar inicio a uma luta, tal como outros fizeram no passado. Estou incondicionalmente com aqueles que vêm sistemáticamente o seu futuro adiado.
Chega! Portugal já não pode esperar!
Em 68 houve um "Maio"... em 74 um "Abril" quem sabe se em 2011 teremos um "Março"!
Que venham flores novas, que os cravos estão a murchar!!!
* Frustridos é uma palavra que acabo de inventar e vou enviar para ser acrescentada no léxico português ao abrigo do novo “arranjo” ortográfico: Mistura de frustrados com PERDIDOS!!! Pensava o quê?!?
domingo, 20 de fevereiro de 2011
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